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sexta-feira, 29 de março de 2024

Douradense mostra sua arte em esculturas na Inglaterra

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16/07/2014 08h30 – Atualizado em 16/07/2014 08h30

Aniano Henrique Areco formou-se em Belas Artes pela University of the Arts London e aprimorou-se em objetos tridimensionais

Elvio Lopes

Um estudante douradense que já se destacava em sua cidade natal na década passada como artista plástico produzindo obras com temáticas surrealistas, conseguiu a proeza de se destacar em uma Universidade de Londres, na Inglaterra, onde formou-se bacharel em Belas Artes. Ele tem especialização em Escultura e tem divulgado seus trabalhos em publicações especializadas e mostrado suas obras em espaços destinados às artes plásticas naquele país.

Aniano Henrique Areco formou-se bacharel em Belas Artes pela University of the Arts London (Univesidade de Artes Londres – UAL), com especialização em escultura, depois de decidir expandir e aprimorar seus conhecimentos na produção de objetos tridimensionais, com performances ao vivo e materiais que consolidaram seus métodos, participou de publicações e produziu documentários e trabalhos para diferentes tipos de mídias. A finalidade era concluir o currículo solicitado pela universidade e estudos teóricos da arte.

“Isso me levou a estudar escultura, embora meus estudos não se limitassem somente a isso e, apesar da produção e ensino na atualidade, procurei focar primeiramente em arte conceitual e continuei seguindo no caminho da minha grande influência, o surrealismo”, explicou, de Londres, o douradense bacharel em Artes.

Henrique, que deu suas primeiras pinceladas já profissionais ainda na década de 90, na residência de seus pais, Aniano Areco e Leusa, em Dourados, antes de estudar em Florianópolis (SC). Ele apresentou seus trabalhos em mostra de artes e foi muito elogiado pela firmeza de seus traços e tema surrealista, pelo qual se apaixonou ainda criança.

Na Inglaterra, seus primeiros trabalhos durante a faculdade, como ele próprio explica, se basearam na produção dos chamados “Ready-Mades”, que significa o uso de objetos cotidianos, no qual o artista busca novos sentidos e múltiplas reinterpretações de tudo que o rodeia.

“Na segunda metade do curso meu foco partiu para uma conexão entre objetos pré-fabricados, intercalados com um trabalho manual para a realização das obras, utilizando os mais variados materiais, como madeira e metal, até modelagem e taxidermia”, explica Aniano Henrique.

Segundo ele, nesse período, experimentou também o uso de materiais orgânicos como a carne, que gerou um grande desafio na tentativa de sua preservação, possibilitando que a obra pudesse ser permanente e atemporal. Em um de seus trabalhos de destaque, a escultura do caixão, Aniano Henrique utilizou-se de uma modelo nua dentro da peça, em uma mistura de escultura com “performance” que lhe rendeu um interessante resultado e que o levou a produzir e uma segunda versão da peça, em cera.

“A Universidade em geral concentra muito na prática do desenho, como forma de estudo para a execução das esculturas. Mas também como obra final propriamente e isso me proporciona o prazer de executar um trabalho que gosto, aprecio e que quero mostrar no Brasil”, destacou Henrique.

Um de seus trabalhos ilustra a capa da renomada revista de psicanálise “Entrelinhas”, publicação da Cesmac em 2013, com a pintura em óleo sobre tela “Desbravando o Mar Inconsciente”, de 2005.

Elvio LopesDo ProgressoInstalação “Rainy Day”, em que o artista mescla o ser humano com objetos do Ready-Mades. (Foto: Divulgação)

O artista Aniano Henrique Areco com sua toga de formatura. (Foto: Divulgação)

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