13/01/2015 08h55 – Atualizado em 13/01/2015 08h55
Filme será exibido nesta terça-feira no Programa Cine do Museu da Imagem e do Som (MIS); programação vai até dia 27 de fevereiro com sessões gratuitas que acontecem de segunda a sexta-feira, sempre às 14h
O Programa Cine do Museu da Imagem e do Som (MIS) apresenta nesta terça-feira o filme “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias”. A produção integra a programação que começou ontem e segue até 27 de fevereiro, com exibição gratuita de longas nacionais. As sessões acontecem de segunda a sexta-feira, sempre às 14h.
“O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” se passa nos anos 70 e conta a história de Mauro (o jovem Michel Joelsas), um garoto mineiro de classe média, apaixonado por futebol e por jogo de botão. Filho de pai judeu (Eduardo Moreira) e mãe católica (Simone Spoladore), de um dia para o outro, Mauro vê seu mundo mudar.
Na verdade os pais de Mauro foram obrigados a fugir por serem de esquerda e serem perseguidos pela ditadura, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). E Mauro acaba se vendo sozinho em um lugar que não conhece.
Quem acaba tomando conta de Mauro é Shlomo (Germano Haint), o vizinho do avô, um velho judeu solitário, funcionário da Sinagoga. Essa convivência inesperada resulta, para ambos, num mergulho em mundos desconhecidos. Mauro se vê sozinho e repete assim, de certo modo, a saga de seus avós – imigrantes judeus – sobrevivendo num mundo novo.
Novas pessoas começam a entrar na vida de Mauro: a irreverente Hanna (Daniela Piepszyk), pouco mais velha do que Mauro; a jovem Irene (Liliana Castro), que incendeia a imaginação de todos os garotos do bairro; Ítalo (Caio Blat), filho de italiano envolvido em movimentos estudantis, Edgar (Rodrigo dos Santos), goleiro mulato do time do bairro. Com seus novos amigos, Mauro divide, entre muitas outras coisas, sua paixão pelo futebol, as primeiras descobertas da sexualidade e seu desejo de recuperar a felicidade sufocada pela ditadura militar.
Para o diretor Cao Hamburguer, o filme trata de uma nova realidade enfrentada por um menino pré-adolescente, que é obrigado a encontrar seus próprios recursos para enfrentar os obstáculos que a vida lhe apresenta. “É um filme sobre o exílio. Sobre as diversas formas de exílio, sobre como Mauro aprende que a vida é transitória e sobre como ele aprende a conviver e a sobreviver neste mundo”, analisa Cao.
