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quinta-feira, 28 de março de 2024

“MS Visto pelo Mundo” no Museu do Índio

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27/01/2014 08h44 – Atualizado em 27/01/2014 08h44

“MS Visto pelo Mundo” será apresentado hoje

Projeto vai levar cultura, arte, música, artesanato e potencialidades econômicas do Estado para mostra na ONU em Nova York

Elvio Lopes

Será apresentada, nesta noite, no Museu do Índio, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, o projeto da mostra “Mato Grosso do Sul Visto Pelo Mundo”, idealizado pela empresária Vanuza Jardim, da Griffos Gestão Empresarial e Eventos, que vai levar para Nova York as potencialidades do Estado, em artes plásticas, artesanato, música, mostra fotográfica, literatura e empreendimentos promovidos com sustentabilidade e que valorizam o meio ambiente.

Entre os participantes do projeto está o artista plástico Jonir Figueiredo, que será o curador da mostra de artes, que terá exposição no saguão da Organização das Nações Unidas (ONU), de 12 a 27 de março, e que contará também com trabalhos de Humberto Espíndola e Lúcia Barbosa e Isaac de Oliveira. Também está confirmada a participação da cantora, compositora e multinstrumentista Lenilde Ramos, na área musical.

Segundo a professora e escritora Maria da Glória Sá Rosa, membro da Associação de Críticos de Arte, filiada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), “é de maior importância a participação de quatro dos mais significativos artistas do cenário das artes plásticas do Pantanal no espaço privilegiado da ONU, onde a força da criação vai atingir os recantos mais íntimos das idéias e das emoções do homem”.

A escritora define a obra de Jonir Figueiredo como em constante processo de mudança, com surpreendentes soluções, buscando novas linguagens e que encontrou nas inscrições rupestres a inspiração para uma série de pinturas denominadas protótipos da arte pantaneira. “Nos mapas antigos do Pantanal, desenhados por seu pai, Jonir reinventou caminhos repletos de rios, aves, acidentes geográficos nos quais incorporou impressões e sensações próprias, dando nova dimensão ao processo criativo de Mato Grosso do Sul”, acrescenta Maria da Glória.

Sobre Humberto Espíndola, Glorinha lembra que o artista faz do boi o referencial de uma cultura na qual o couro e as máscaras são símbolos da força criativa dos representantes da coragem e da inteligência da vida sul-mato-grossense – os índios guaicurus. “Em sua obra elementos regionais e universais convivem em clima de realidade e fantasia”, define a escritora.

Maria da Glória também considera o trabalho de Isaac de Oliveira como mágico da cor, enfocando a natureza, recriando pássaros e peixes com as tintas da imaginação. “A arte de Isaac é a abertura total dos sentidos no reino em que tudo é permitido, como colorir a esperança, escutar o ritmo da alegria e pintar o perfume dos jardins”, destaca.

Em relação à arte de Lúcia Barbosa, Maria da Glória destaca que o que chama atenção em sua obra é a facilidade com que transita por diferentes temas e estilos, sem perder a veracidade do conjunto. “A força motriz de suas criações são os mitos indígenas resultantes de pesquisas com tribos sul-mato-grossenses e onças que simbolizam a vida sem alma de uma civilização voltada para si mesma, capaz de devorar o mais precioso de seus bens”, afirma.

A mostra “MS Visto pelo Mundo” será apresentada às 20h desta segunda-feira, para autoridades e convidados e contará com a presença do governador André Puccinelli e da presidente da Portuguese Language Society, Roseli Saad.

Jonir Figueiredo mostra alguns traços que inspiram sua arte, que vai levar para exposição em Nova York (Foto : ELVIO LOPES)

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