Manifestações na Capital lotou acostamentos dos dois lados das rodovias e provocou lentidão no tráfego durante todo o dia de ontem
Por: Elvio Lopes – 18/01/2017 07h21
O protesto de caminhoneiros, que começou na sexta-feira, em Rondonópolis (MT), recebeu ontem, desde o início da manhã, o apoio do Movimento das Transportadoras de Mato Grosso do Sul, que mobilizou profissionais para bloquear as BRs 163, na saída para São Paulo e 262, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande.
No meio da manhã, o protesto resultou em congestionamento de mais de 10 quilômetros na BR-163 e também mobilizou caminhoneiros na BR-262, em frente ao Posto Major. Nas duas rodovias, os caminhões eram obrigados a parar no acostamento, para adesão ao protesto e apenas ambulâncias, carros de passeio e cargas vivas foram liberados pelos manifestantes.
A categoria – empresas de transportes e proprietários de caminhões – estão reivindicando o destravamento do projeto de Lei 528/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas; a falta de reajuste do preço dos fretes, defasado há cinco anos e o valor do pedágio cobrado nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, considerado mais caro que outros estados e cobram também a redução do preço dos combustíveis, o controle da indústria da multa e a redução da carga tributária.
De acordo com o movimento, somente em Mato Grosso do Sul, nos últimos três anos, 200 empresas do transporte rodoviário de cargas (TRC) fecharam as portas diante da crise econômica. Além da crise econômica, o aumento de impostos e a alta tarifa cobrada nos pedágios da BR-163 por apenas 100 quilômetros duplicados no Estado, foram as pautas para a manifestação e o setor espera e precisa de mudanças para voltar a viabilizar a atividade.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do MS (Setlog/MS), realizou reunião na tarde de segunda-feira para discutir a pauta do protesto e aprovou a manifestação em apoio aos caminhoneiros que iniciaram o movimento no Mato Grosso.
Até o final da manhã de ontem, equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e CCR MS Via acompanhavam as manifestações na Capital, que teve uma interrupção para almoço e retornou no início da tarde, com término às 18h e que resultou em longas filas nos acostamentos dos dois lados das rodovias.
Segundo a PRF, além da lentidão do tráfego nas duas rodovias, não foi registrado nenhum incidente e a manifestação seguiu normalmente nos dois pontos de protesto até às 18h.
