Compra de uniforme escolar no Paraguai gera polêmica na Capital
Por: Da redação – 28/06/2016 15h21
A aquisição de shorts fabricados no Paraguai para compor o uniforme da rede municipal em Campo Grande gerou polêmica. Apesar da compra dos itens de fora do Brasil não ser impedida pelo edital de licitação feito pela prefeitura, a atitude das empresas vencedoras do pregão vai contra decreto federal que trata sobre o assunto.
Segundo o jornal Correio do Estado a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACIG) vai avaliar a licitação e os vereadores da Capital já pedem afastamento do prefeito.
Vencedora da licitação, a empresa Odilara Frassão Calçados Eireli recebeu, segundo o jornal, mais de R$ 680 mil para fornecer cerca de 77 mil shorts. A empresa, por sua vez, contratou importadora que repassou à prefeitura bermudas feitas no Paraguai.
A qualidade do material tem gerado reclamação dos pais dos estudantes. O tecido é poliéster, diferente da poliamida usada nos últimos anos. A diferença é que o poliéster é m pouco mais áspero, porém seca rápido, difícil de encolher e de amassar. Além disso tem baixo custo em comparação ao poliamida, que tem mais resistência, mais macio e se aproxima mais com o toque do algodão.
Uniformes
No dia 03 de junho a Prefeitura de Campo Grande publicou na edição do Diário Oficial do Município a compra dos primeiros lotes de uniformes para os alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino), mais de dois meses após o início das aulas. Camisetas e calçados foram comprados a R$ 3,8 milhões das empresas Nilcatex Têxtil e Odilara Frassão Calçados Eireli, segundo consta na publicação.
Nas etiquetas das bermudas entregues pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) aos alunos da Reme, por meio da prefeitura da Capital, há a informação de que as peças foram importadas do Paraguai pela empresa Triunfo Comércio e Importação, de Blumenau (SC), e distribuídas pela Odilara.
Em nota, a Prefeitura informou que as empresas cumpriram com requisitos de qualidade e preço e que a licitação obedeceu todos os trâmites legais. Informa, inclusive, que as peças foram inspecionadas após a entrega e que antes as empresas apresentaram amostras que atestaram a qualidade.
