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sábado, 20 de abril de 2024

Leishmaniose fez cinco vítimas este ano em MS; uma em Dourados

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22/07/2017 06h24 – Por: Flávio Verão

Cinco pessoas morreram este ano em Mato Grosso do Sul vítimas de Leishmaniose Visceral (LV). Doença sistêmica que acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea, esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos. Boletim Epidemiológico divulgado esta semana pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que 63 pessoas foram diagnosticadas com a doença de janeiro até agora.

Campo Grande registrou duas mortes por Leishmaniose Visceral, seguido por uma ocorrida em Dourados, Corumbá e Ladário. Em todo o ano passado seis pessoas foram vítimas da doença. Conforme estatísticas, desde 2010 um total de 109 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul em decorrência da LV. Os anos de 2012 e 2013 registraram maiores picos de óbitos, 20 e 22, respectivamente.

A maioria dos casos confirmados da doença em 2017 é composta de indivíduos do sexo masculino, com maior predomínio em adultos acima dos 30 anos de idade. Em relação ao sexo feminino, segundo a SES, ocorreu maior predominância em crianças abaixo dos cinco anos de idade (13 casos), reforçando a ideia de que a transmissão da LV é mais facilmente difundida nos ambientes domiciliar ou muito próximo da residência. Outros fatores como carência nutricional e sistema imunológico imaturo também contribuem para incidência elevada da doença nessa faixa etária.

Dos 63 casos registrados esse ano, a metade, 31, são de indivíduos moradores em Campo Grande, seguido de sete em Três Lagoas, seis em Corumbá, quatro em Ladário e Aquidauana, dois em Ponta Porã e um nas cidades de Dourados, Alcinópolis, Anaurilândia, Bataguassu, Brasilândia, Cassilândia, Jardim, Rio Negro e Rio Verde de Mato Grosso.

Transmissão

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico. O inseto infectado pica a pessoa, que passa a desenvolver sintomas como febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e até inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Se não diagnosticada e tratada a tempo, a pessoa infectada pode morrer.

Prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, para combater a doença é essencial o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental (manejo ambiental). Recomenda-se a limpeza periódica dos quintais, por meio da retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo) e destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das formas imaturas dos flebotomíneos; a limpeza dos abrigos de animais domésticos, bem como a manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomíneos para o intradomicílio. Outra forma de controle do inseto transmissor é por meio do uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais). Porém a sua indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como municípios de transmissão intensa.

Quintais devem ser mantidos limpos de folhas, frutos caídos, entulhos e de fezes de animais para evitar proliferação de mosquito

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