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quarta-feira, 24 de abril de 2024

PF cumpre mandados contra ex-governador e empresários

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PF cumpre mandados contra ex-governador e empresários de MS

14/11/2017 07h22 – DouradosAgora

A Polícia Federal cumpre mandado na casa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), em Campo Grande. A ação ocorre durante esta quinta fase da Operação Lama Asfáltica, denominada de Papiros de Lama, que investiga desvio de recursos públicos através de licitações fraudulentas, superfaturamento de obras, aquisição ilícita de produtos e corrupção de servidores.

Os federais estão cumprindo hoje dois mandados de prisão preventiva; dois de prisão temporária; seis de condução coercitiva; 24 de busca e apreensão; além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

As medidas ocorrem em Campo Grande, Nioaque, Aquidauana (MS) e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 pessoas, entre policiais e auditores da Controladora Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

Na fase anterior, o ex-governador Puccinelli, também alvo, teve fiança arbitrada em R$ 1 milhão e, também, foi estipulado uso de tornozeleira. A quarta etapa da operação foi batizada de Máquinas de Lama porque investigadores apuraram que parte dos pagamentos de propina eram feitos por meio do aluguel de maquinário. Outras fases foram nomeadas Fazendas de Lama e Aviões de Lama.

Retrospectiva

Conforme a PF e CGU, os recursos desviados passavam por processos elaborados de ocultação da origem. Há provas já existentes acerca de desvios e superfaturamentos em obras, direcionamento de licitações, uso de documentos falsos, aquisição ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados e pagamento de propinas a agentes públicos. Prejuízos causados pelo esquema ao Erário passam dos R$ 235 milhões.

A nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, relacionado com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas. Há, ainda, a corroboração com depoimentos de colaboradores que participaram do esquema delituoso.

Os valores repassados por propina eram mascarados com diversos tipos de operações simuladas, de forma a dar falsa impressão de licitude ao aumento patrimonial dos integrantes da organização ou de dar maior sustentação financeira aos projetos.

Uma das novas formas descobertas da lavagem de capitais era a aquisição, sem justificativa plausível, de obras jurídicas, por parte de empresa concessionária de serviço público e direcionamento dos lucros, por interposta pessoa, a integrante do grupo criminoso.

Ex-governador durante condução coercitiva em maio. Bruno Henrique/Arquivo Correio do Estado

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