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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Trabalhadores vão acampar frente à casa de deputados e senadores

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Previdência: trabalhadores vão acampar frente à casa de deputados e senadores

Por: Da redação – 10/03/2017 14h54

“Agora é guerra!” gritaram esta semana lideranças sindicais, de federações e centrais sindicais que representam os trabalhadores em todas as áreas de Mato Grosso do Sul em relação à luta contra a reforma da Previdência Social como pretende o Governo Federal, com o apoio de muitos parlamentares. Depois de várias reuniões principalmente na Capital, eles decidiram que vão atacar de várias formas para conseguir mudar o rumo da reforma para impedir que o trabalhador brasileiro pague com sua vida o ônus da Previdência no País.

Representantes da Força Sindical, UGT, CUT e CSB, em reunião esta semana decidiram que uma das formas de mobilizar a opinião pública para as ameaças da reforma é promover uma paralisação geral principalmente na educação em Mato Grosso do Sul. As entidades de classe, que representam os trabalhadores como a ACP e Fetems vão acompanhar a greve nacional na quinta-feira (15). Outros segmentos econômicos e de serviços também pretendem paralisar suas atividades e em muitos casos, de serviços essenciais, a ideia é promover “operação padrão” na Capital e interior do Estado.

Deputados federais e senadores, da bancada de MS em Brasília, poderão ser surpreendidos em suas residências com o acampamento de trabalhadores em frente às sus residências. Uma forma também de pressão para que os parlamentares votem de acordo com a vontade popular “e não dos governantes, que foram eleitos para atender aos anseios do povo e não políticos como vem acontecendo há décadas no Brasil. Uma vergonha! Basta! o povo exige respeito”, afirma Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical regional MS.
O presidente da UGT em MS, Jefferson Borges Silveira disse que os deputados e senadores não têm ideia da força do povo e que essa ameaça das aposentadorias despertou “sua ira” e que ele vai para as ruas e vai responder também nas urnas nas eleições de 2018.

O PROJETO

Hoje não há idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição. São necessários 35 anos de recolhimento para homens e 30 para mulheres. Já para se aposentar por idade, hoje é necessário ter pelo menos 15 anos de recolhimento e 65 anos de idade para os homens e 60 para as mulheres.

Com a reforma da Previdência quem quiser se aposentar precisará ter pelo menos 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres e 25 anos de recolhimento, porém, para receber 100% no benefício serão necessários, na prática, 49 anos de recolhimento. “Um grande desrespeito não só aos homens, mas principalmente às mulheres”, afirma Estevão Rocha dos Santos, presidente do SEAAC/MS e diretor da Força Sindical MS.

O governo federal justifica a mudança dizendo que a Previdência é deficitária e que a reforma seria necessária para equilibrar as contas. Porém, movimentos sociais e sindicatos denunciam que o Governo Federal não leva em conta toda receita arrecadada pela Previdência para fazer o cálculo: Ele contabiliza apenas a contribuição previdenciária, que no ano passado ficou em R$ 352,6 bilhões e os benefícios pagos, que somaram R$ 436 bilhões, apontando para um suposto déficit, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).

“O trabalhador brasileiro não pode e não deve pagar com a sua vida as mudanças na Previdência Social. Além disso o Governo esconde a verdade do povo, pois os números confirmam que não existe rombo na Previdência”, afirma José Lucas da Silva, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB.

José Lucas explica que o Governo não divulga o que é feito com o dinheiro arrecadado para Previdência e diz que se fosse usado apenas para os trabalhadores, na forma de pagamento pelas aposentadorias, não faltariam recursos. Ocorre que o dinheiro é desviado da seguinte forma: Os R$ 683 bilhões arrecadados, o Governo faz o seguinte rateio: R$ 436,0 bilhões, Benefícios Previdenciários; R$ 41,8 bilhões ………………………. Benefícios Assistenciais; R$ 26,9 bilhões ………………………. Bolsa Família e Outros; R$ 102,2 bilhões …………………….. Saúde; R$ 48,2 bilhões ………………………. Benefícios do FAT e R$ 27,9 bilhões ………………………. Outras Despesas

MILITÂNCIA

O presidente da CUT/MS, Genilson Duarte disse que a “militância” dos trabalhadores está de prontidão para entrar em ação nessa guerra contra a reforma da Previdência Social. “Nossos parlamentares precisam ouvir a voz do povo, que vai para as ruas mostrar sua indignação com essa proposta miserável que tentam implantar no país”, afirmou.

Weberton Sudário, presidente da Fetricom/MS (Fed. dos Trab. nas Ind. da Construção Civil de MS), disse que esse é o pensamento de todos os trabalhadores e lideranças sindicais ligados a todas as centrais no Estado e no País. “Não aceitamos essa proposta de reforma trabalhista que vai custar a vida do trabalhador. Não permitiremos que passe. Estamos em guerra”, afirma. Os parlamentares que são favoráveis à reforma já estão sendo expostos nos sites das entidades e deverão ganhar outdoors e outras mídias.

Representantes de entidades sindicais em MS

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