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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Confira artigo sobre desenvolvimento sustentável

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Objetivos de desenvolvimento sustentável 2030 atacam miséria, fome e agenda urbana

18/07/2017 07h29 – Por: Vito Comar/[email protected]

O Brasil, junto com outros 192 países membros das Nações Unidas, foi signatário de uma nova Agenda para o Desenvolvimento Sustentável, com17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (os chamados ODS 2030, embutidos no Programa Cidades Sustentáveis, adotado por Dourados), compromissado com sua implantaçãoaté o ano de 2030. Esses objetivos têm quatro dimensões: social, ambiental, econômica e institucional. Considerando que o combate à desigualdade social, miséria e fome representa a base de qualquer sustentabilidade é, portanto, uma agenda desafiadora, que abrange todas as dimensões da vida humana e da nossa relação com a biosfera.

Ligado ao ODS 11, que trata da Cidade Sustentável, foi realizado no Rio, entre os dias 5 e 7 de julho,o VI Seminário de Cidades e Comunidades Sustentáveis, organizado pela Rede Global de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável-SDSN, em parceria com a ConservationInternational-CI, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e a PUC Rio. O mesmo evento sediou o III Fórum Nacional SDSN Brasil que levantou questões para a criação de cidades e comunidades sustentáveis, abordando os principais desafios da cidade do Rio para cumprir suas metas atreladas aos ODS e à Agenda 2030, que substituíram os Objetivos do Milênio da ONU.

O Núcleo de Pesquisas em Boas Práticas Urbanas-NURB, fundado há dois anos por acadêmicos da UFGD, UEMS e UNIGRAN, ONGs e profissionais liberais de Dourados, participou do evento, oferecendo suas contribuições e experiências de apoio aos municípios do Território da Grande Dourados.

Iniciando pelo enfrentamento das desigualdades sociais urbanas e abordando temas como:Planos Estratégicos municipais; Plano de Metas municipais e a participação da Sociedade Civil; Sistema B/Brasil: para certificação de empresas que adotam a responsabilidade socioambiental; Rede Global de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN);DataLabe – histórico da iniciativa do Observatório de Favelas;Observatório Metropolitano, para estimular a troca de experiências e metodologias em rede, identificar soluções inovadoras; Governança – visão global para ações interligadas; Educação para os ODS 2030; o seminário foi muito rico em abordagens criativas, como participação efetiva via redes sociais na elaboração de Planos Diretores Municipais, experiências de monitoramento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em áreas metropolitanas, introdução de diagnósticos participativos via redes escolares municipais, entre outros.

O presidente do Jardim Botânico do Rio e do Conselho de Liderança da SDSN, Sérgio Bressman, comentou que o conceito de governança global não existia no Brasil há 20 anos.

Pelo fato da maior tragédia do Brasil ser o possuir uma elite patrimonialista e uma enorme desigualdade social, originada em nossa falha educacional. “A elite do Brasil possui uma média educacional que está abaixo das elites de países como Chile e Finlândia. Nossa elite não dá valor ao conhecimento, pois nunca precisou dele para ser elite. Bastava ser amigo de alguém para lhe ser concedido a sesmaria, a propina, o edital…”.

Como combinar governança com sustentabilidade? “É uma conta simples: pensar local e agir global, pensar global e agir local.” Segundo Bressman, é preciso acionar as lideranças locais, os coletivos, criar as políticas públicas de sustentabilidade que atuam localmente e estabelecer diálogo entre os municípios vizinhos. O que estraga a governança é a nossa baixa qualidade de democracia e a máquina eleitoral. “Biomas não têm relação alguma com as fronteiras territoriais, os interesses políticos conflitantes não norteiam biomas, é preciso entender que a consciência é regida pelo tempo”.

Precisamos interiorizar a governança mundial, precisamos ser globais, pensar em planeta, raça humana, espécie, pois tudo está conectado.Neste processo as Instituições de Ensino Superior emergem como facilitadoras de informações, criando espaços de diálogo entre os setores da sociedade, forçando a interação entre governo e administração pública, empresariado e sociedade organizada; discutindo e apresentando soluções de boas práticas para enfrentamento da desigualdade social, das mudanças climáticas, construindo processos de resiliência social e ambiental.

Tudo isto é muito bom dentro da discussão da revisão do Plano Diretor de Dourados, uma vez que a cidade já adotou os ODS 2030, dentro da implantação do Programa Cidades Sustentáveis, e da solução da questão indígena, onde os ODS podem providenciar uma base de integração de políticas públicas. Nisto, vamos lembrar que o caráter está acima do intelecto e que “não tem alquimia política que pode extrair uma sociedade áurea de instintos de chumbo” (Bertrand Russell).

Vito Comar, PHd, doutor em engenharia.

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