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sexta-feira, 29 de março de 2024

Conheça a história do homem que doa sangue há 20 anos

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Conheça a história do voluntário que doa sangue há 20 anos em Dourados

13/04/2018 08h26 – Por: Cristina Nunes

Doar sangue ainda é um gesto de solidariedade praticado por uma parcela mínima da sociedade. No Brasil, o número de doadores não chega a 2% da população, a meta da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que esse percentual chegue pelo menos aos 3%. Em Dourados, frequentemente o Hemocentro convoca voluntários para doação, pois nem sempre o estoque é suficiente para atender toda a demanda.

Na vida do servidor público da área da saúde, Paulo César Gabriel da Silva, de 49 anos, esse gesto de amor se repete com frequência há 20 anos. Paulo, que já trabalhou no Hemocentro de Dourados por 16 anos, conta que logo no início do trabalho, em 1997, começou a doar sangue, pois já era uma vontade que tinha desde a infância.

Portador do sangue O positivo, o doador contou que pretende continuar por mais 20 anos. “A doação pode ser feita até os 69 anos, ainda tenho mais duas décadas. Se estiver com vida até lá, com certeza estarei doando”, destacou. Paulo vai ao Hemocentro três vezes ao ano para doar sangue, em entrevista ao Dourados Agora ele falou sobre a alegria de ajudar salvar vidas.

O que te motivou a ser um doador de sangue?

O que me motivou a doar sangue foi a oportunidade de ajudar as pessoas que estão necessitando, pois é um gesto simples, que não demora muito, mas que tem um grande efeito na vida das pessoas. A conscientização começou na minha infância, através de um meio de comunicação, eu ouvia os anúncios no rádio e isso despertou em mim a possibilidade de ajudar.

Já chegou a conhecer alguém que foi beneficiado com a doação do seu sangue?

Sim, apesar de ser difícil saber a identidade de quem vai utilizar o sangue doado pela gente, por coincidência tive a oportunidade de doar diretamente para uma colega de trabalho. Na época eu ainda trabalhava no Hemocentro, e ela passou por uma cirurgia e necessitou da doação, fiquei muito contente de ter ajudado.

Ao longo desses anos, teve alguma história que te marcou no Hemocentro?

Sim. Uma mãe que perdeu a filha, e mesmo com a dor do luto quis retribuir a ajuda que recebeu enquanto a jovem estava viva. A paciente precisou receber doação de órgãos e sangue, mas não resistiu e acabou falecendo. Pouco tempo depois a mãe dela montou uma mesa em frente ao hemocentro e desenvolveu um lindo trabalho voluntário de conscientização da doação, como uma forma de retribuir o ato de ajuda a filha.

Qual é a sensação de saber que você ajudou a salvar muitas vidas no decorrer dessas duas décadas?

É uma sensação de estar praticando um ato de amor maior ao próximo, muito além de uma doação de um bem material, mas sim espiritual, pelo fato de ser parte da vida que Deus nos deu.

Qual sua opinião em relação aos incentivos aos doadores de sangue, como por exemplo a isenção de taxas em determinados concursos públicos, e outros do tipo?

Isso é bom, é um incentivo a mais. Porém, tem que haver um cuidado para que a doação não seja vista como uma forma de ‘troca’, pois a melhor doação é aquela feita de coração, na qual a pessoa tem consciência e alegria de ajudar, sem haver segundas intenções.

Qual conselho daria para quem ainda não é doador?

Que se coloque na situação de uma família que está precisando, muitas vezes nenhuma pessoa da família pode doar, daí a necessidade de ser um voluntário. Não é um processo dolorido como alguns pensam e tem receio, a dor é mínima. Nesses 20 anos de doação nunca passei mal. A equipe do Hemocentro é muito dedicada, quem se tornar um doador não terá problemas.

Paulo finalizou dizendo que muita gente quer doar sangue, mas acaba não podendo por não estar em boas condições de saúde. Ele dá uma dica preciosa para melhorar a qualidade de vida: a pratica de esporte ou qualquer exercício físico regular. “É uma preocupação minha sempre estar com a saúde boa, para não parar de doar sangue. Uma das atividades que mais gosto é o ciclismo”, destacou Paulo.

Paulo César Gabriel da Silva doa sangue há 20 anos no Hemocentro de Dourados

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