Por: Flávio Verão – 23/08/2016 15h53
A greve dos professores e administrativos da Rede Municipal de Ensino de Dourados completou dois meses nesta terça-feira (23). Essa é uma das mais longas paralisações dos últimos anos.
Os educadores cruzaram os braços no dia 23 de junho e perdeu força no retorno das férias de julho. Quase metade dos professores da rede municipal são contratados e para não perder o emprego trabalham normalmente.
Quem também voltou às salas de aulas foram os professores concursados por 20 horas semanais (meio período). Boa parte deles lecionam outras 20 horas também na rede municipal e sob pressão da prefeitura, também decidiram encerrar a greve.
No entanto, há uma boa parcela de professores e de técnicos administrativos que mantêm firme a greve. Com isso, as aulas ocorrem parcialmente nas escolas, devido a ausência de profissionais grevistas. Algumas unidades chegaram a fazer adaptação de horários e liberam estudantes mais cedo, porém cada escola adotou suas regras.
Greve
Os educadores cobraram uma postura fiscalizadora por parte da Câmara de Vereadores. Mobilizações foram realizadas no plenário e em frente ao legislativo, para que fosse instaurada uma CPI da Educação no município.
Em reuniões com a Comissão da Educação e presidência legislativa, a categoria buscou ser ouvida, questionando a aplicação dos recursos no ensino e tentando iniciar uma negociação com o executivo.
Os professores reivindicam o cumprimento do Piso de 20 horas. Já o administrativo não tem reposição da inflação há dois anos e, alguns, recebem abaixo do salário mínimo.
