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sexta-feira, 29 de março de 2024

Manifestantes ocupam a principal avenida de Dourados

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28/04/2017 17h32 – Por: Da redação

Dourados entrou no cenário do manifesto nacional e durante todo o dia desta sexta-feira (28) bancos e escolas públicas permaneceram fechados. Algumas rodovias foram bloqueadas, total e parcialmente, no período da manhã, assim como a frota de ônibus que não atendeu a população até às 13h30, pois estudantes bloquearam a saída de veículos da garagem. No período da tarde ocorreu manifestação no centro da cidade, com passeata e concentração na avenida Marcelino Pires.

O movimento na região central teve início por volta das 15h e reuniu estudantes, Movimento Sem Terra (MST), indígenas e profissionais de diferentes categorias, a maioria de servidores públicos, liderados por centrais sindicais. Diferente dos demais protestos, desta vez os organizadores do ato montaram um palco com som no cruzamento da avenida Marcelino Pires com Hayel Bon Faker.

Por volta das 16h, quando a concentração reuniu centenas de pessoas, houve uma passeata curta pela própria avenida, retornando ao palco, onde teve música ao vivo seguido de discursos. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted), Gleice Barbosa, criticou o governo federal e disse durante o ato que a divulgação do próprio governo, na mídia, que as reformas vão trazer melhorias aos trabalhadores, é falsa. “Vai aumentar a miséria e a classe trabalhadora vai perder direitos”, reclamou.

O comércio central decidiu não apoiar o movimento e somente uma loja, praticamente ao lado do palco, decidiu fechar uma das portas e deixar a outra entreaberta, com segurança, para atender os clientes que desejassem fazer compras. O manifesto foi pacifico e não houve registro de incidências até às 17h30.

Pela manhã

O manifesto começou cedo, pouco depois das 4h, quando estudantes foram até a empresa Medianeira Transportes e barraram a saída da maioria dos ônibus. A empresa não aderiu a paralisação nacional, mas por conta do manifesto, só conseguiu colocar nas ruas 15 dos 63 veículos que atendem a população. O transporte público foi normalizado por volta das 13h30, quando os manifestantes deixaram a Medianeira.

Escolas e bancos permaneceram fechados o dia todo. A decisão havia sido tomada em assembleia pelas categorias. Das 7h às 15h os bancários se concentraram em frente das agências e contaram com a participação de servidores públicos, a maioria de professores. A população teve acesso barrado aos caixas eletrônicos, liberados por volta das 15h30. Hoje o Governo do Estado paga o salário dos funcionalismo e segundo presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, Ronaldo Ferreira, não deve faltar dinheiro nos caixas. “Os bancos têm uma estratégia quando ocorre paralisação”, disse ele.

A MS-156, entre Dourados e Itaporã, foi bloqueada parcialmente das 9h às 11h por indígenas, moradores naquela região. O protesto reuniu profissionais da saúde e da educação. A mesma rodovia, porém do outro lado da cidade, com acesso ao Distrito Industrial, também chegou a ser bloqueada no período da manhã. A BR-463, entroncamento com o município de Laguna Carapã registrou atos de protesto.

Convocada pelas centrais sindicais, federações, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, a paralisação de ontem ocorreu em diferentes cidades do país. O manifestantes foram às ruas protestar contra as reformas da Previdência e Trabalhista, em debate no Congresso Nacional, contra a lei de terceirização, sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB), contra a reestruturação e o desmonte dos bancos públicos.

Manifestantes ocuparam a avenida Marcelino PiresFoto: Hedio Fazan

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