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quarta-feira, 24 de abril de 2024

MPE determina perícia para analisar qualidade do asfalto da Perimetral

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Por: Flávio Verão – 17/01/2017 06h57

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para apurar a qualidade da malha asfáltica da Perimetral Norte em Dourados. Desde que foi inaugurada, em julho de 2012, a rodovia recebe remendos por não suportar tráfego pesado de veículos, sua principal função.

Conforme edital 006/2017 assinado pelo promotor de justiça Ricardo Rotunno, o inquérito foi instaurado para “apurar notícia indicativa de dano ao erário decorrente de eventual má qualidade do asfalto implantado no rodoanel de Dourados, no trecho entre a MS-156 e BR 163 que, em tese, estaria se deteriorando, em que pese ter sido construído há apenas cinco anos”.

O promotor determinou a realização de perícia técnica no sentido de constatar a qualidade do asfalto empregado. Com investimentos de R$ 37 milhões do governo do Estado, a Perimetral Norte reduziu o tráfego de carretas que circulavam pela região central de Dourados, no entanto, a via projetada para receber grandes veículos parece não suportar o peso de carretas bitrens, tão comuns na região.

A reportagem esteve no trecho a ser periciado e constatou que a maioria dos buracos haviam sido tapados, deixando a rodovia num aspecto de “colcha de retalho”, devido à grande quantidade de remendos. Se não bastassem o buracos que surgem com frequência, a pista também apresenta borrachudos, aquelas partes do asfalto que têm aspecto ondulado, como se estivessem sendo empurradas para as bordas da pista.

O problema sempre se agrava a cada chuva que cai na cidade, ampliando a buraqueira. Outro agravante é que a água da chuva acumula em vários trechos ao longo da rodovia entre MS-156 e BR 163. A via conta com uma pista de 12 metros de largura, sendo 3,5 metros de faixa de rolamento em cada sentido e mais 2,5 metros de acostamento de cada lado, nivelado com as outras faixas.

Agravante

Além da infraestrutura da pista que apresenta falhas desde a inauguração, outro problema é a falta de projeção para o futuro. Ao todo, a Perimetral conta com 25 km, no entanto, o trecho que vai do entroncamento da BR-463 (saída para Laguna Caarapã/Ponta Porã) até o entroncamento da MS-156 (saída para Itaporã) não apresenta defeitos.

Porém, esta região registrou crescimento imobiliário às margens da via, que passa por bairros como Santa Fé, Monte Carlo e a Reserva Indígena em Dourados. Todo o trajeto não foi projetado para usuários de trânsito como pedestre e de carroça, meio de transporte comum e utilizado pelos indígenas na hora de deixar a aldeia e seguir ao centro da cidade. Vários atropelamentos ocorreram na pista, vitimando principalmente indígenas moradores na aldeia Bororó, localizada praticamente às margens da Perimetral.

foto - Hedio FazanPerícia vai analisar qualidade da malha asfáltica da Perimetral

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