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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Pesquisador cria ‘Hotel de abelhas’ para reprodução

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Pesquisador cria ‘Hotel de abelhas’ para garantir reprodução das plantas

Por: Da redação – 29/08/2016 14h49

Um ‘Hotel de Abelhas’, como forma de residência de abelhas e vespas solitárias*, foi criado na UFGD como um dos instrumentos que auxilia na conservação e preservação dessas populações. O projeto é coordenado pelo professor doutor Samuel Boff, da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais – FCBA.

Segundo o professor, populações de abelhas estão diminuindo em todo o mundo e como elas são importantes para o sucesso reprodutivo das plantas, através da polinização – a diversidade biológica e a produção de alimentos – correria sério risco. “As populações de abelhas estão diminuindo e oferecer residências a elas serviria como incentivo à polinização das plantas do entorno. A instalação dessas residências também permite o retorno das abelhas ao ambiente, sendo uma importante prática para produtores rurais que dependem da presença de abelhas como polinizadoras”, enfatizou Samuel.

Dentre as atividades que prejudicam as abelhas estão o desmatamento, a monocultura e o uso de pesticidas em lavouras. Conforme dados divulgados em material informativo distribuído pelo pesquisador, 70% a 80% das plantas com flores dependem das abelhas para produzir frutos e sementes. Além da implantação de hotéis de abelhas, outras ferramentas importantes para a conservação e preservação destes insetos polinizadores são a educação e conscientização sobre a importância delas para a biodiversidade e produção de alimento, bem como o cultivo de flores que atraem as espécies. As abelhas somam mais de 20 mil espécies descritas em todo mundo, sendo 80% delas solitárias.

Segundo o professor, esse é o primeiro ‘Hotel de Abelhas’ de Mato Grosso do Sul. Ele foi construído pela equipe de manutenção e conservação da UFGD, sob coordenação do próprio pesquisador da FCBA. A casa é de madeira resistente e oferece cavidades, de diferentes tamanhos, para as abelhas em troncos, bambus e tocos. Ela deve ficar próxima de árvores e plantas e, de acordo com o professor, ficar voltada para o hemisfério Sul e ter a face para o N, NE ou NO.

“Queremos fazer estações menores e levar a ideia para as escolas. É preciso ter um envolvimento maior das pessoas sobre o que está acontecendo com as abelhas e as consequências para a produção de alimento. Além disso, vamos conhecer as espécies da região e fazer um monitoramento para conservação e conscientização”, disse o professor.

  • abelhas e vespas solitárias não formam grandes colônias como os insetos sociais (ex: abelha africana). Os ninhos são formados na maioria por uma única fêmea ativa que coloca seus ovos no interior da cavidade. Esta fêmea (mãe) morre antes da emergência da sua cria. Assim, não há sobreposição de gerações (informações do pesquisador Samuel Boff).

Hotel de Abelhas esá instalado no campus II da UFGD

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