Estão suspensas as investigações e os registros de boletins de ocorrências. Os rádios foram desligados, as viaturas estão nos pátios e só saem para emergências de flagrantes
Por: Maria Lucia Tolouei – 05/05/2016 08h18
fotos e vídeo: Cido Costa/Douradosagora
Policiais Civis de Mato Grosso do Sul paralisam os serviços por um dia, em protesto contra morosidade do Governo Estadual em atender a categoria com promessa de campanha de Reinaldo Azambuja.
O presidente do Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), Jaime Martinelli, disse ao jornal DouradosAgora que, nos meses que antecederam ao último pleito, o então candidato ao Governo do Estado prometeu que estes policiais teriam o quinto melhor salário do Brasil. “Há uma carta proposta que não foi cumprida”, lembra Martinelli.
Segundo o presidente do Sinpol, que está em Dourados, mais de 2,2 mil filiados ao Sinpol em todo MS – cerca de 100 em Dourados – aderem hoje à operação padrão que suspende os serviços à exceção dos atendimentos essenciais aos internos e o registro de autos de prisões em flagrantes.
Estão suspensas as investigações e os registros de boletins de ocorrências, por 24 horas. Os rádios foram desligados, as viaturas estão nos pátios e só saem para emergências de flagrantes.
A concentração dos policiais civis de Dourados será em frente à Delegacia de Pronto Atendimento (Depac) que fica anexa à sede do 1º Distrito Policial de Dourados.
Neste próximo sábado, os policiais civis da Capital e interior de Mato Grosso do Sul se reunião em assembleia na sede do Sinpol, em Campo Grande, para deliberar sobre os rumos da movimentação em torno do reajuste salarial.
O presidente do Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), Jaime Martinelli, não descarta uma greve geral, por tempo indeterminado.
O salário do policial civil de Mato Grosso do Sul, em começo de carreira, é de R$ 3.668,00. Ao longo dos anos de serviço e, conforme a classe em que está inserido, o montante recebe incorporações relativas a percentuais de 20% sobre aquele total, podendo chegar entre R$ 6 mil a R$ 7 mil.
Em todo Mato Grosso do Sul, agentes penitenciários seguem em operação padrão e com apenas prestação dos serviços essenciais, por mais segurança nos presídios.
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