21/06/2017 07h43 – Por: Flávio Verão
Para dar conta de tampar a buraqueira que atinge a região central e bairros de Dourados, a prefeitura irá reativar a usina de asfalto municipal. A decisão foi tomada pela prefeita Délia Razuk durante reunião com o primeiro escalão da administração. Os detalhes para definir a ativação da usina serão discutidos hoje entre técnicos e engenheiros da prefeitura. Os trabalhos serão conduzidos pelas secretarias de Serviços Urbanos e de Infraestrutura e Desenvolvimento.
Atuam na cidade três frentes de trabalho de tapa-buraco, que não tem sido suficientes para atender a crescente demanda de ruas a serem recuperadas. A cada chuva os buracos se multiplicam e a situação só piora. Duas mulheres (motociclistas) já morreram na cidade em decorrência de buracos nas ruas.
Até agora a prefeitura investiu cerca de R$ 890 mil na operação tapa-buraco. O secretário de Infraestrutura e Desenvolvimento Tahan Sales Mustafa, diz que mais R$ 1,9 milhão serão aplicados na recuperação das ruas, recursos próprios da prefeitura. O Governo do Estado anunciou no mês passado o repasse de R$ 5 milhões para Dourados, no entanto, como há todo um trâmite burocrático envolvendo licitação pública, o recurso só deve ser liberado em cerca de 90 dias.
Tahan diz que as três frentes de trabalho estão atuando na região central e bairros. Com a última chuva, ruas que já haviam recebido o serviço voltaram a “ganhar” novos buracos, já que a malha asfáltica do município é antiga. “Não estamos vencendo a grande quantidade de buracos”, disse o secretário. O serviço é executado com massa quente, mais durável.
Com a reativação da usina de asfalto, existente no município há pouco mais de duas décadas, será possível realizar tapa-buraco com a chamada massa fria. Alguns engenheiros adotam uma metodologia de não utilizar compactação com rolo compressor e apenas o fluxo do trânsito de carros nivela o serviço. Esse trabalho era muito utilizado na administração passada da prefeitura.
O secretário de Serviços Urbanos Joaquim Soares diz que o método a ser feito será diferente. “Vamos fazer um trabalho bem feito, com limpeza do buraco e após a aplicação da massa fria será feito o trabalho de compactação”, afirmou.
A massa fria, segundo ele, será aplicada principalmente nos bairros, ruas de menor circulação de veículos. As vias coletoras, de acesso a vários destinos, serão priorizadas com a massa quente.
A principal diferença da massa fria é que ela gera mais economia em comparação com a massa quente. Outra vantagem é que a própria prefeitura tem corpo técnico para produzir o produto e até mesmo para aplicar nas ruas.
