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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Nova lei facilita o processo de regularização fundiária para baixa renda

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Nova lei facilita o processo de regularização fundiária da população de baixa renda

22/09/2017 10h22 – Por: Juliana Turatti /ALMS

Dados do Ministério das Cidades apontam que mais de 50% dos imóveis urbanos no Brasil estão com algum tipo de irregularidade, o que representa cerca de 100 milhões de pessoas morando em imóveis irregulares. Com a finalidade de auxiliar no processo da regularização, a Frente Parlamentar para a Regularização Fundiária da Casa de Leis, em parceria com a Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab), realizou nesta quinta-feira (21/9), o Workshop ‘Regularização Fundiária Urbana’.

O diretor do departamento de Assuntos Fundiários Urbanos do Ministério das Cidades, Silvio Eduardo Marques, falou da nova legislação, a Lei Federal 13.465/2017. A proposta tem como objetivo simplificar, agilizar os procedimentos da regularização fundiária urbana, ampliando a possibilidade de acesso à terra urbanizadas pela população de baixa renda.

Ele destacou algumas das mudanças da lei. “Ela amplia o alcance da regularização dos núcleos informais com usos e características urbanas, ainda que situados em zonas rurais. Permite ainda que milhares de domicílios, principalmente dentro da Amazônia Legal, possam ser regularizados. Altera-se o conceito de assentamento irregular para núcleo urbano informal, contemplando os núcleos clandestinos e irregulares , com usos residenciais e não residenciais, sob a forma de parcelamentos do solo, de conjuntos habitacionais ou condomínios, sejam horizontais, verticais ou mistos”, explicou.

Outro acréscimo da Lei é a criação e regulamentação pelos estados de fundos específicos destinados à compensação total ou parcial dos custos referentes aos atos registrais da regularização fundiária urbana. Neste sentido, o fundo viabiliza a gratuidade para os beneficiários e municípios. A proposta também possibilita a titulação de duas famílias residentes em unidades habitacionais sobrepostas, no mesmo lote, de forma que cada uma tenha sua matrícula. “Com essa apresentação eu quis dar uma noção básica do que traz a nova legislação, suas principais alterações”, considerou Marques.

“Todos os instrumentos que possam ajudar na regularização fundiária são bem-vindos, e quero lembrar que foram alteradas mais de 20 leis que facilitam e auxiliam neste processo”, afirmou o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Renato Câmara (PMDB). Já o deputado João Grandão (PT), que também é membro do grupo de trabalho, ficou satisfeito. “Muito esclarecedoras as informações que nos foram apresentadas. Acrescentaram para o bom entendimento de todas as mudanças da proposta”, disse.

O deputado Herculano Borges (SD), vice-coordenador da Frente, reforçou a importância da regularização. “Ela é necessária porque trará investimentos e segurança para todos os munícipios do nosso Estado”. Na mesma linha a diretora presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, complementou. “É um tema de maior relevância para a Agência de Habitação. No ano passado começamos a realizar levantamentos dos conjuntos que estão irregulares no Estado. A regularização vai trazer cidadania e riqueza para cada município e será um processo em que todos ganham”, ressaltou a diretora.

Participaram também do debate o gerente de regularização fundiária e cartográfica da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), André Nogueira Borges, o promotor de justiça, Luciano Furtado Loubet e o prefeito de Santa Rita do Rio Pardo, Cacildo Dagno Pereira.

 O workshop foi realizado no Plenário Deputado Júlio Maia, nesta quinta-feiraFoto: Wagner Guimarrães

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