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terça-feira, 23 de abril de 2024

Reinaldo diz que empresários são ‘picaretas fraudadores do fisco’

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29/05/2017 14h08 – Por: Flávio Verão

O governador Reinaldo Azambuja rebateu a denúncia de dois empresários do ramo de cortume e frigorífico que deram entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, e os classificaram como “picaretas que querem fraudar o fisco”.

Durante entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (29) em Itaporã, onde cumpriu agenda, o governador respondeu a jornalistas sobre a reportagem que foi ao ar em rede nacional na noite de domingo em traz entrevista com dois empresários que informam que o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Sérgio de Paula, cobrava propina para as empresas funcionarem no Estado.

“Não é empresário, é um bando de picaretas que queria fraudar o estado. Em 2016 autuamos eles, emitiram R$ 215 milhões em notas frias pra se creditar no estado. O estado já tem uma ação contra eles; já está na procuradoria, na secretaria de fazenda e foi encaminhada ao Tribunal de Justiça. E eles não são empresários são fraudadores do fisco”, declarou o governador em entrevista.

Muitas vezes, segundo ele, apenas um lado da versão é mostrada. ” Mandei meu secretário de governo [Eduardo Riedel] entregar todo o processo que tem mais de mil páginas contra esses fraudadores do fisco, que se utilizam de notas frias. Nós já temos da Secretaria do Estado de São Paulo inúmeras notas frias que emitiram com endereço falso. Temos da secretaria do Rio Grande do Norte inúmeras notas frias que eles utilizam para se creditar e não pagar imposto em Mato Grosso do Sul; e a gente não vai tolerar isso, eles sabem disso”, reforçou Reinaldo Azambuja.

Questionado sobre o vídeo em que mostra um dos empresários entregando uma quantia de R$ 30 mil em dinheiro a um suposto mensageiro do governo do estado, chamado José Ricardo Guitti, o Polaco, o governador disse que os empresários tentaram artifícios utizando pessoas que não tem nada a ver com o governo. “Não falam pelo governo e nem pelo governador. Quem fala por mim sou eu e com essa comprovação documentação sendo entregue hoje nos ministérios público federal e estadual, vai mostrar que eles são fraudadores do fisco estadual e não merecem a nossa credibilidade”, reiterou Azambuja.

Para Reinaldo, o que merece, agora, é que já foi apresentado toda uma documentação na Assembleia Legislativa, imprensa, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acerca de acusações também feitas pelos irmãos e donos da empresa JBS. “O que cabe é continuar trabalhando pelo estado e deixar os advogados para mostrar a comprovação documental que estávamos mexendo com picaretas que fraudavam os recursos estaduais emitindo notas frias e o estado tem toda essa documentação”, finalizou. Durante a entrevista o governador reclamou da reportagem do Fantástico, por ter dado 11 minutos de entrevista e que apenas um minuto foi ao ar.

Denúncia

Donos de um frigorífico e de um curtume disseram ao Programa Fantástico, da Rede Globo, que precisaram pagar propina para que pudessem manter as indústrias em Mato Grosso do Sul. Um dos empresários chegou a gravar a entrega de propina.

O ex-secretário Sérgio de Paula, que deixou o governo em março após a fusão da Casa Civil com a Secretaria de Estado de Governo, afirmou ao Fantástico que nunca autorizou ninguém a usar o nome dele.
Benilson Tangerino, dono de um frigorífico e José Alberto Berger, proprietário de fábrica que processa couro de gado, disseram terem sido extorquido pelo governo sul-mato-grossense. José Alberto disse que no dia 4 de novembro, o governo mandou um e-mail, apontando irregularidades na fábrica dele e suspendendo a autorização para compra de gado.

Em busca de explicações, ele afirmou ter procurado o governador. Azambuja pediu para ele falar com Sérgio de Paula, que na época ainda comandava a Casa Civil, que por sua vez teria pedido para o assunto ser tratado por meio do suposto mensageiro, José Ricardo Guitti, o Polaco. De acordo com o empresário José Alberto Berger, Polaco falava abertamente que era necessário pagar propina para o negócio funcionar “amigavelmente”.

Ele afirmou, segundo a reportagem, que já tinha entregue R$ 250 mil de propina, quando Polaco pediu mais. No dia 10 de novembro, entregou mais R$ 250 mil. No mesmo dia, o governo informou que estava reativada a licença de compra e venda.

De acordo com José Alberto Berger, o dinheiro iria para Sérgio de Paula, com aval do governador Reinaldo Azambuja. “Segundo o mensageiro, ele [Azambuja] autorizou fazer o acerto. Foi com aval dele”, disse ao programa da Rede Globo.

Com informações do Fantástico

Reinaldo durante entrevista na manhã de hoje em ItaporãFoto: Reprodução

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