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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Do mar às escolas: alimentação com peixe é introduzida na merenda escolar

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MDA – 05/02/2017 13h22

Alimentar as crianças com peixe pode parecer uma tarefa difícil, mas o Projeto Inclusão do Pescado na Alimentação Escolar no Município de Itanhaém mostra que é possível e descomplicado.

Além de melhorar a qualidade nutricional das crianças, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o projeto contribui para a geração de emprego para os pescadores do município paulistano.

Desenvolvido pelo Instituto de Pesca (IP) e em parceria com a prefeitura de Itanhaém, o projeto está há mais de quatro anos melhorando a vida dos moradores do município, localizado há 110km de São Paulo capital.

Segundo a gestora Municipal de Segurança Alimentar e Banco de Alimentos da prefeitura municipal, Luciana Melo Costa, o projeto agrega muita estima para um todo.

“É saudável, o valor nutricional é inestimável, e reduz o problema da autoestima, pois muitas crianças são filhas de pescadores, tem uma série de implicações bacanas”, explica.

A introdução da alimentação com peixe é feita em duas escolas localizadas em áreas de insegurança alimentar, e de acordo com a diretora técnica de serviço substituta do Laboratório de Tecnologia do Pescado – IP, Erika Fabiane Furlan, os resultados são muito bons, “os pratos têm uma aceitação de 80 a 85% entre as escolas e isso é ótimo para melhorar o hábito infantil e criar novos consumidores de pescado”.

É o Instituto que desenvolve os testes de aceitação e treinam as merendeiras para o uso dessa matéria prima.

O agricultor familiar Alex Crepaldi, de 37 anos, é um dos 20 pescadores que comercializam para o Pnae, pelo projeto.

Para o Programa, ele vende anualmente 500kg de peixe, entre pescada inglesa, corvina, robalo e peixes menores, conhecidos como misturinha. Alex recebe cerca de R$ 6 mil pela quantidade e acredita ser fundamental para alavancar as vendas.

“Esse projeto é muito importante, tanto para mim quanto para os outros pescadores. Ele veio para ajudar a gente a vender o peixe que ficava parado, porque na nossa cidade quando não tem cliente a gente fica com o produto amarrado”.

Além do programa, Alex vende a produção em feiras, em uma banca de peixe na praia e na própria residência, na qual há uma peixaria.

Ele trabalha com a família, a esposa administra a peixaria e o irmão, que também é agricultor familiar, ajuda na pesca.

Em 2015, o pescador solicitou R$ 40 mil de crédito no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para investir em um barco de pesca, e só vai começar a pagar ano que vem.

Gastronomia infantil

A polpa de peixe, obtida a partir do processo de Carne Mecanicamente Separada (CMS), compõe os dois pratos que estão sendo testados.

O primeiro é a macarronada, em que o peixe é utilizado como uma carne moída ao molho à bolonhesa e o segundo é o escondidinho com batata, produto também disponível na merenda.

Uma parceria do Projeto Inclusão do Pescado na Alimentação Escolar no Município de Itanhaém com a Universidade Católica de Santos, que possui o curso de gastronomia, gerou bons frutos.

Com o intuito de desenvolver produtos à base de pescado, foi realizado um concurso gastronômicos com o enfoque para a alimentação infantil.

Os estudantes utilizaram produtos da merenda escolar para elaborar pratos, os dois eleitos estão sendo testados na merenda com as crianças.

Projeto Inclusão do Pescado na Alimentação Escolar no Município de Itanhaém

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