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Vírus zika também é resultado de desigualdades no Brasil

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Vírus zika também é resultado de desigualdades no Brasil, diz UNFPA

Tatiana Almeida/UNFPA Brasil – 25/07/2016 10h26

Tendo em vista as áreas geográficas de maior incidência da infecção pelo zika e as caraterísticas da população mais afetada — mulheres, jovens e afrodescendentes —, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) considera que a epidemia da doença não é apenas um problema de saúde pública, mas também o resultado das desigualdades sociais que ainda persistem no Brasil.

Além das vulnerabilidades relacionadas ao acesso a água tratada e saneamento básico, a agência da ONU acredita ser urgente a redução das disparidades no acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva.

Esta é a mensagem também da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O zika revela a consequência extrema da ausência de um acesso universal aos serviços de planejamento sexual e familiar”, alertou a diretora-geral do organismo internacional, Margaret Chan, durante a 69ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em maio, em Genebra.

Em março, o diretor-executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin, já havia pedido a governos que garantissem o fornecimento de informações e métodos de planejamento reprodutivo para mulheres, entendendo que só assim elas podem tomar decisões informadas sobre sua saúde e se proteger da infecção pelo zika, uma vez que está confirmado o risco de contágio por via sexual.

No Brasil, o Fundo de População tem entrevistado mulheres e adolescentes em áreas afetadas pela epidemia. Elas têm enfrentado os diversos perigos da doença, que incluem a infeção durante a gravidez e o riscos de que seus filhos tenham microcefalia.

O termo “zica”, que na gíria popular é sinônimo de coisa esquisita ou desconhecida, entrou definitivamente no vocabulário do povo brasileiro ao longo de 2015. E pelas piores razões.

Segundo o Ministério da Saúde, de outubro de 2015 até 9 de julho de 2016, foram notificados 8.451 casos suspeitos de microcefalia, a maioria na região Nordeste.

Dessas notificações, 1.687 foram confirmadas para microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central. Outros 3.142 (37,2%) casos permanecem sob investigação. Até 2014, a média histórica no Brasil havia sido de 156 casos de microcefalia por ano.

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