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quarta-feira, 17 de abril de 2024

CPI investiga desaparecimento e morte de jovens negros

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24/03/2015 06h58 – Atualizado em 24/03/2015 06h58

CPI investiga morte e desaparecimento de jovens negros

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Morte e Desaparecimento de Jovens Negros será instalada na quinta-feira (26), a partir das 10 horas, na Câmara Federal. O objetivo é apurar as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros no Brasil.

O panorama da violência, extraído do anuário Mapa da Violência de 2014, revela que o Brasil é o País que mais mata no mundo. Entre 1980 a 2012, a taxa de homicídios aumentou 148,5%, totalizando mais de 1,2 milhões de vítimas.

Os aspectos perversos da violência expõem a vulnerabilidade diária vivida por 26% da população formada por jovens de 15 a 29 anos, em sua maioria negros, do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos.

82 mortes por dia

De acordo com o autor da proposta, o quadro descrito no anuário da Violência de 2014 revela que das 56.337 pessoas assassinadas no Brasil em 2012, mais de 30 mil vítimas são jovens. No total, 82 deles morrem por dia, ou 07 a cada 02 horas.

“Não obstante, revela-se igualmente triste e estarrecedor a constatação que 92% dos jovens mortos são homens, e 77% das vítimas, negros. Em algumas capitais do Nordeste, por exemplo, a taxa de homicídio de jovens assume contorno ainda mais dramático e chega a ser 10 vezes maior que a taxa nacional, que é de 29 para cada 100 mil habitantes”, afirma o deputado Reginaldo Lopes, propositor da CPI..

Pesquisa recente feita pela Secretaria Nacional de Juventude aponta que 51% dos jovens ouvidos em todos os estados, em cidades de pequeno, médio e grande porte, e em todos os estratos sociais, já perderam uma pessoa próxima de forma violenta.

Extermínio

“Entre os principais motivos da mortandade da população jovem apontados por estudiosos, os vilões são grupos de extermínio, milicianos e o modelo de repressão policial à violência levado a cabo pelas forças de segurança pública do Estado, geralmente tendo por vítimas jovens negros de periferias, em razão da sua maior exposição”, destaca o parlamentar.

A CPI, que tem o apoio de 188 parlamentares, número superior aos 171 necessários para a sua criação, será constituída de onze deputados federais e igual número de suplentes, obedecendo-se o princípio da proporcionalidade partidária, e terá um prazo de 120 dias para concluir os trabalhos. (Agência Câmara)

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