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quinta-feira, 28 de março de 2024

Homicídio é principal causa de mortes de jovens de 16 e 17 no país

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30/06/2015 09h42 – Atualizado em 30/06/2015 09h42

G1- SP

Quase metade das mortes de adolescentes de 16 e 17 anos no Brasil em 2013 tiveram como causa o homicídio, segundo o estudo “Mapa da Violência: Adolescentes de 16 e 17 anos” do Brasil, divulgado ontem em Brasília.

Foram 3.749 jovens nessa faixa etária vítimas de homicídios, 46% do total de 8.153 óbitos, diz o estudo de autoria do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz.
A média é de 10,3 adolescentes assassinados por dia no país. As outras causas foram acidentes de transporte (13,9%) e suicídios (3,5%).

Taxa de homicídio (por 100 mil) de adolescentes de 16 e 17 anos por estado

AL 147 – ES 140,6 – CE 108 – RN 98,1 – DF 83,3 – GO 83,1

PB 80,2 – SE 78 – BA 73,5 – AP 71 – RJ 62,5 – PA 62,1

PE 56,1 – MT 55,4 – BR 54,1 – AM 51,9 – MG 51,2

PR 45,4 – MA 39,3 – RR 34,8 – RS 32,2 – MS 32

PI 31,8 – AC 27,7 – RO 23,5 – SP 21,3 – SC 17,3 – TO 13,8

A projeção é que 3.816 serão mortos em 2015, diz o autor, e a metade dessas mortes seja por homicídio.
Esse tipo de causa externa (mortes que não são de causas naturais) aumentou 496% em relação a 1980, quando o homicídio representava apenas 9,7% do total de mortes.

Em comparação às outras causas, nesse mesmo período os suicídios aumentaram 45,5% e os acidentes de transporte cresceram 38,3%.

Na faixa de 16 e 17 anos, a taxa de mortalidade ficou em 54,1 homicídios por 100 mil adolescentes em 2013, um aumento de 2,7% em relação a 2012 e de 38,3% na década.
O Brasil ocupa o 3º lugar em relação a 85 países no ranking de mortes de adolescentes de 15 a 19 anos, perdendo apenas para México e El Salvador. São 54,9 mortes a cada 100 mil jovens.

A maioria das vítimas é do sexo masculino (93%) com quatro até sete anos de estudo (62,1%). Proporcionalmente, morreram quase três vezes mais negros do que brancos.

O principal instrumento utilizado nas agressões foi a arma de fogo, presente em 81,9% dos homicídios de adolescentes de 16 anos e em 84,1% dos de 17 anos. Em seguida estão instrumentos cortantes, como facas e estiletes, com 10%.

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