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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Sinpol denuncia sucateamento do Instituto Médico Legal

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02/07/2015 09h11 – Atualizado em 02/07/2015 09h11

Em vistoria realizada na semanada passada, o Sinpol-MS verificou as condições problemáticas do prédio do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) em Campo Grande. Ficou constatando que no local não há ventilação adequada, os equipamentos estão sucateados e ultrapassados e que a Câmara Fria, usada para preservação dos corpos que passarão por perícia ou aguardam liberação, está funcionando precariamente.

Na sala de necropsia há equipamentos enferrujados, instalações elétricas inadequadas, ferramentas insuficientes, falta de autoclave para desinfecção dos utensílios, não há jaleco impermeável e luvas adequadas. De acordo com o diretor jurídico do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, o prédio está numa situação tão precária que já foi notificado pela Vigilância Sanitária. “Há o risco permanente dos servidores contraírem doenças”, explicou Miranda.

No IMOL e em toda a Coordenadoria Geral de Perícias há insuficiência de efetivo para atender a grande demanda da Capital e das cidades próximas. As escalas de trabalho ultrapassam a carga horária estipulada em lei. Miranda lembra que em novembro de 2014, houve até um caso de troca de corpos na mesma unidade em razão do déficit de estrutura.

Na tarde desta terça-feira, os diretores do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda e Amaury Pontes, reuniram-se com o coordenador-geral de perícias, José Bento Corrêa, com o intuito de apontar as irregularidades e pedir providências.

“Preparamos um relatório sobre as condições do prédio que foi apresentado ao coordenador e que também será enviado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e ao governo estadual. Esperamos que a situação, que já se arrasta há muito tempo, seja resolvida para que os servidores tenham um local adequado para realizar suas tarefas e a sociedade tenha uma resposta mais rápida do trabalho pericial”, afirmou Miranda.

De acordo com o Coordenador, o prédio não comporta a grande demanda, apesar de ter passado por reforma no ano de 2009. “O IMOL está abandonado há anos e é reflexo do descaso das administrações anteriores. O governo do estado atual está tendo uma vontade de resolver, ou ao menos amenizar, os problemas”, explicou Corrêa.

Outra pauta da reunião foi a falta de agentes de polícia científica em todo o Estado. Há mais de 10 anos não é realizado concurso para o cargo que está praticamente em extinção, sendo que muitos servidores estão em desvio de função. “É preciso realizar um concurso imediatamente para suprir a falta de profissionais nesta área ou que seja alterada a Lei Orgânica da Polícia Civil para o reaproveitamento desses servidores em outras funções dentro da Instituição”, declarou Miranda.

No encontro também foram debatidos pontos como: falta de segurança externa durante os plantões noturnos, alojamento precário, demandas específicas dos peritos oficiais e peritos papiloscopistas.

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