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sábado, 20 de abril de 2024

CPI confirma hoje delação sobre envolvimento de políticos no esquema Petrobras

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17/09/2014 08h07 – Atualizado em 17/09/2014 08h07

Na audiência, Paulo Roberto Costa pode decidir permanecer calado e não responder às perguntas de deputados e senadores, por ter direito a não se incriminar e também porque revelações poderão afetar seu acordo de delação premiada com o Ministério Público.

A movimentação dos recursos que passaram pela conta do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pode chegar a mais de R$ 70 milhões no período entre 2005 e 2014. A informação é do relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga desvios na estatal, deputado Marco Maia (PT-RS). Segundo Marco Maia, a CPMI já fez o cruzamento das quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico por onde passaram os recursos.

Para o relator, o depoimento de Paulo Roberto Costa, hoje, é uma oportunidade para confirmar se as informações publicadas na imprensa, sobre o envolvimento de políticos, são verdadeiras. “Nossa expectativa é que ele possa confirmar o que disse na delação premiada e o que já foi divulgado. Confirmar qual a origem e o destino dos recursos e por onde passaram. Há um conjunto de questionamentos que nós queremos aproveitar a oportunidade para esclarecer.”

Na audiência, Paulo Roberto Costa pode decidir permanecer calado e não responder às perguntas de deputados e senadores, por ter direito a não se incriminar e também porque revelações poderão afetar seu acordo de delação premiada com o Ministério Público.

O relator da CPI Mista, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que a expectativa é que o depoente possa confirmar à CPI o que já afirmou na delação premiada e ajudar nas investigações. “A equipe da CPI já fez os cruzamentos das quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico por onde passaram os recursos, qual a origem que tiveram, qual o destino, quais as empresas para onde os recursos foram passados. Queremos aproveitar a vinda dele para questionar e confrontar essas informações que já nos chegaram e que já foram analisadas pelos técnicos da CPI”, diz.

Sessão fechada

Para Marco Maia, a sessão de depoimento de hoje deve ser fechada. “Devemos dar essa oportunidade para que ele possa falar mais, principalmente porque a delação premiada segue em sigilo de justiça.”

Marco Maia assinalou que a investigação promovida pela CPMI é diferente da que é feita pelo pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Justiça. “Aqui, ele terá oportunidade de apresentar sua defesa.”

O líder do Democratas, deputado Mendonça Filho (DEM-PE), também defende que a sessão seja fechada. “A gente quer buscar o esclarecimento dos fatos. É fundamental que o delator revele fatos graves que envolvem todo esse esquema.”

Mendonça Filho falou que a oposição está preparada para interpelar o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa nesta quarta-feira (17).

Depois das eleições, os parlamentares devem votar novos requerimentos para ouvir depoimentos e concluir a investigação.

Delação premiada – Confira o que diz jurista: clique aqui

Costa está preso no Paraná e fez acordo de delação premiada em que teria citado autoridades que estariam envolvidas com desvio de recursos da Petrobras, segundo reportagem da revista Veja da semana passada. O juiz é responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância, que é investigada pela CPMI. (Agência Senado e Agência Câmara)

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