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terça-feira, 23 de abril de 2024

Deputado sugere criação de política nacional para tecnologias sensíveis

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07/08/2014 17h44

O deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) ressaltou a importância de o Brasil criar uma política voltada às tecnologias sensíveis – de natureza civil ou militar, que muitos países preferem manter em sigilo por razões de segurança.

Para o deputado, poderia ser criado um Livro Branco para esse tipo de tecnologia, semelhante ao que existe para as politicas estratégicas de defesa.

A sugestão foi apresentada na audiência desta quarta-feira (6) na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

A maior clareza sobre as tecnologias sensíveis também foi defendida pelo representante do Ministério da Defesa na audiência, coronel Álvaro Koji Imai.

Ele lembrou que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação já realiza iniciativas nessa área, com a criação do Programa Nacional de Plataformas de Conhecimento (PNPC), que reúne especialistas estrangeiros e brasileiros e instituições de ciência e tecnologia, com o objetivo de pesquisar áreas como Amazônia, aeronáutica e saúde.

Uso dual

O deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ) questionou os especialistas que participaram da audiência sobre a possibilidade de reverter os produtos de defesa nacional para o uso dual – entre o setor militar e o civil ou exclusivamente civil.

Para o almirante-de-esquadra Max Roffé Hirschfeld, “o desenvolvimento da tecnologia dual é o maior objetivo”. Ele ressaltou o desempenho da Embraer nas exportações de aeronaves militares e civis – a empresa é o terceiro fabricante mundial de jatos comerciais.

Para Hirschfeld, é clara a intenção de aproveitar o conhecimento estratégico na produção da economia civil, pois “não faz sentido promover o treinamento de alto custo em pesquisas, se os resultados não puderem ser aplicados na vida civil”.

Chutando a escada

Segundo o coronel Koji Imai, o Brasil precisa romper com entraves ao desenvolvimento e, para isso, tem primeiro que “subir os degraus” de forma autônoma, com a nacionalização da indústria de defesa.

Imai citou a obra “Chutando a escada”, do economista sul-coreano Ha-Joon Chang, que descreve os benefícios das políticas nacionalistas adotadas no passado pelas grandes potências, como a Inglaterra, que hoje criticam essas políticas. “O Brasil precisa chutar a escada – parar de guiar-se pelo discurso de outros países – e privilegiar a autonomia”, argumentou.

Durante o debate, foi destacado o pioneirismo da Embraer, empresa criada na década de 1960, que atualmente fornece aeronaves para mais de 50 forças armadas estrangeiras.

A audiência foi realizada a requerimento dos deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Nelson Pellegrino (PT-BA).
(Agência Câmara Notícias)

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