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sexta-feira, 29 de março de 2024

Deputados sustentam que Reforma Política é medida para mudar País

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17/03/2015 16h20 – Atualizado em 17/03/2015 16h20

Flávio Verão

As manifestações no último domingo, 15, segundo os deputados que compõem a bancada do PT na Assembleia Legislativa, são resultado de anos de luta pela democracia e liberdade. Porém, durante a sessão plenária desta terça-feira, 17, os parlamentares repudiaram os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e do retorno do golpe militar por parte de grupos de manifestantes. De acordo com o deputado Amarildo Cruz (PT), o Brasil deve prezar pela Reforma Política para impedir atos de corrupção. “Esse é um passo sério para mudar esse País. Temos que acenar com medidas concretas, o resto é ‘balela’. É ocultar o real problema e enganar a população”, afirmou.

Para Amarildo Cruz, ao contrário do que tem sido pregado, o PT é favorável as manifestações nas ruas e contrário as posturas imorais dentro da política. “O que aconteceu neste último domingo tem que ter a defesa do nosso partido que sempre foi comprometido com a defesa da democracia e com o direito das pessoas de se manifestar. O que não se defende é corrupção”, afirmou o parlamentar que criticou o fato de manifestantes levantarem as bandeiras do impeachment contra a presidente Dilma e do golpe militar. “Defendem sem embasamento, sem sustentação. A quem interessa o golpismo? Essa é a questão que o povo deve levantar?”, disse Amarildo que apontou a Reforma Política como caminho para restaurar a ética. “Há empresas que financiam todos candidatos e, depois, vão lá pedir favores. É uma hipocrisia”, sustentou o deputado que elogiou a postura da presidente ao colaborar com as investigações. “No governo FHC, o jornalista Paulo Francis já denunciou esquema de corrupção na Petrobras, mas as investigações não foram adiante e isso aconteceu devido a interferência do governo na época, mas hoje é diferente”, ressaltou.

Para o deputado petista João Grandão, imputar todo o processo de erros na Petrobras ao Partido dos Trabalhadores é dar as costas ao que realmente está por trás de todo o processo. “O País avançou no governo Lula e Dilma e dizer que isso não aconteceu é não querer enxergar a realidade”, afirmou o parlamentar.

Na opinião do deputado Cabo Almi (PT), atualmente, a imoralidade impera na maioria dos partidos políticos brasileiros e não se restringe ao PT. “A presidente Dilma está pagando muito alto não pelo que ela fez, mas pelo que fizeram em torno do seu governo. A mídia está batendo, a justiça está apurando e em nenhum momento a presidente foi acusada, então porque estamos acusando?”, declarou o parlamentar que ressaltou a postura do Congresso que contribui para a imagem negativa do governo. “Um exemplo é o orçamento que já deveria estar aprovado mas continua lá parado. Esse Congresso é que deve estar no foco, o Congresso que trabalha a base de barganha é que precisa mudar”, apontou Almi que elogiou a atitude da presidente Dilma diante dos casos de corrupção. “Já é difícil pelo fato dela ser mulher e mulher sofre discriminação na política. Mas ela teve postura firme e, quando começaram as denúncias, mandou apurar, foi enfática nisso”, completou.

O deputado Barbosinha (PSB) enfatizou que as manifestações no último domingo mostraram o grau elevado de insatisfação do povo com o vigente sistema político. O parlamentar atribuiu o fato das denúncias de corrupção na Petrobras virem à tona ao empenho de juízes e da Polícia Federal. “Não podemos simplificar as manifestações nas ruas. A indignação do brasileiro é com as mentiras. A questão não é a presidente Dilma, não é em razão do partido, mas o sentimento de quem se sentiu enganado”, disse Barbosinha referindo-se as promessas do atual governo durante as eleições de não mudar leis trabalhistas e de não subir o preço da gasolina. “Um político que mente para ganhar eleições tem que perder o mandato. O Brasil precisa mais do que uma revisão política, precisa de uma revisão moral”, discursou.

Foto: Roberto HigaO debate ocorreu por conta dos protestos no último final de semana

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