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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Doleiro diz em depoimento que presidência da república sabia sobre Petrobrás

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24/10/2014 14h15 – Atualizado em 24/10/2014 14h15

O Globo

Em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público em Curitiba, segundo a revista “Veja”, o doleiro Alberto Youssef teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “sabiam de tudo” sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Ainda conforme a revista, que antecipou, nesta quinta-feira à noite, trecho da reportagem a ser divulgada nesta sexta-feira na íntegra, a revelação teria sido feita por Youssef na última terça-feira.

Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro teria afirmado:

— O Planalto sabia de tudo!

Perguntado pelo delegado que colhia o depoimento a quem ele se referia, Youssef teria respondido:

— Lula e Dilma.

O advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, confirmou que o doleiro prestou depoimento à Polícia Federal de Curitiba na última terça-feira, mas disse não ter conhecimento da informação citada pela revista.

— Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso — afirmou Basto.

PEDIDO PARA ADIAR DEPOIMENTO À CPI

Youssef vai pedir à CPI da Petrobras que remarque seu depoimento, previsto para a próxima quarta-feira, para depois que seu acordo de delação premiada for homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que não tem data marcada para acontecer. O advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, disse que o doleiro permanecerá em silêncio se o depoimento for mesmo confirmado para semana que vem.

— Meu cliente vai permanecer calado na quarta-feira. Por conta do acordo de delação premiada que ele fez com a Justiça, ele tem que permanecer em silêncio. Ele está disposto a falar à CPI, mas só depois da homologação do acordo com o STF. Por isso, é melhor que a CPI redesigne o depoimento para outra data. Até para evitar o deslocamento para Brasília, escolta e todos os gastos decorrentes da viagem — disse Basto.

Basto aguarda que o juiz federal de Curitiba, Sérgio Moro, despache seu pedido de anulação do depoimento do testa de ferro Leonardo Meirelles, diretor presidente da Labogen, no qual ele diz que Youssef tinha negócios com o PSDB.

Segundo o advogado, Youssef nega ter tido negócios com o PSDB e quer uma acareação com Meirelles para desmenti-lo. De acordo com o advogado, o juiz só deve despachar seu pedido na segunda-feira. Em depoimento de Meirelles ao juiz Moro, na última segunda-feira, o diretor do Labogen disse que Youssef fazia negócios com o PSDB e com o ex-presidente do partido Sérgio Guerra.

Ao tomar conhecimento do depoimento de Meirelles, Youssef pediu que seu advogado desmentisse a informação oficialmente.

Em depoimento prestado na última terça-feira, o doleiro que atuava como banco clandestino do petrolão implica a presidente e seu antecessor no esquema de corrupção

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