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terça-feira, 23 de abril de 2024

EUA e Cuba restabelecem relações após 53 anos de embargo

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18/12/2014 07h47 – Atualizado em 18/12/2014 07h47

O restabelecimento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, após 53 anos, caiu como uma luva no meio da 47ª Reunião de Presidentes do Mercosul – o mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A anfitriã do encontro – a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner -, interrompeu os discursos para dar a noticia, considerada por todos “histórica”.

Ela elogiou a “dignidade” do governo cubano, que soube defender seus ideais, apesar das décadas de embargo econômico, imposto pelos Estados Unidos. “Estamos muito felizes como argentinos, como sul-americanos, como cidadãos do mundo e finalmente como militantes políticos pelo que aconteceu e que nunca pensávamos que ia acontecer”, disse Cristina Kirchner.

As negociações entre os governos norte-americano e cubano – intermediadas pelo papa Francisco – se transformaram no principal assunto da reunião do Mercosul, que neste momento passa por um momento difícil. A queda no preço do petróleo, principal produto de exportação venezuelano, e a redução nos índices de crescimento das economias brasileira e argentina, estão afetando o comércio entre os países do bloco. Só o comércio bilateral entre Brasil e Argentina sofreu queda de 27% nos 11 meses de 2014, comparado com o mesmo período do ano passado.

No Brasil e no Uruguai, que este ano realizaram eleições presidenciais, empresários e políticos da oposição questionaram a integração regional, argumentando que tinha motivações mais politicas do que econômicas. Por isso, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, de dar o primeiro passo para normalizar as relações entre seu país e Cuba, foi vista como uma vitória regional.

Outros temas foram tratados na reunião do Mercosul, mas passaram para segundo plano, diante da notícia do princípio do fim de um conflito herdado dos tempos da Guerra Fria. Entre os assuntos estavam os acordos-quadro assinados pelo Mercosul com a Tunísia e o Líbano; o desejo de acelerar acordos econômicos com Chile, Colômbia, Equador, Peru e México; e a decisão de obrigar os veículos novos do Mercosul a usarem placa regional a partir de janeiro de 2015. (Agência Brasil)

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