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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Ex-diretor da Petrobras delata propina a 32 parlamentares

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05/09/2014 17h27 – Atualizado em 05/09/2014 17h27

Do O Estado de S.Paulo

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa disse que, pelo menos 32 deputados e senadores e um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobras firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera.

A denúncia foi veiculada na tarde desta sexta-feira, pelo Estadão. Paulo depõe, desde sexta passada, sob delação premiada, alvo da Operação Lava Jato desencadeada pela Polícia Federal.

A PF desarticulou esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobras. Paulo Roberto relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobras, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos.

De acordo com os repórteres Andreza Matais e Ricardo Brito, Paulo Roberto contou que os desvios nos contratos da Petrobras envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante a sua gestão na diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012.

O ex-executivo também citou quase todas as grandes empreiteiras do País que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que, segundo ele, foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoi-mentos serão remedidos para a Procuradoria Geral da República. A PGR afirmou que só irá receber a docu-mentação no final do processo de delação.

O acordo prevê que o ex-executivo será colocado em liberdade quando encerrar os depoimentos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.

Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF erm Curitiba. Ao final de cada dia os depoimentos são lacrados e criptografados pelo Ministério Público Federal, que os envia diretamente para a PGR, em Brasília.

Paulo Roberto Costa de volta à prisão

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