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quinta-feira, 28 de março de 2024

Índice feminino nas assembleias dos estados cai de 13% para 11%

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20/10/2014 11h26

Percentual de mulheres eleitas deputadas estaduais ou distritais em 5 de outubro caiu em relação a 2010.

As parlamentares representam apenas 11,33% do total, contra 13,31% da bancada atual
O número de deputadas estaduais e distritais diminuiu 14,89% ao se comparar as representantes eleitas neste ano e as atuais bancadas.

Em 5 de outubro, foram eleitas 120 mulheres, contra 141 hoje nas 26 assembleias estaduais e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O número de eleitas representa apenas 11,33% do universo total de deputados estaduais e distritais — a bancada atual representa 13,31%. Ou seja, tanto na legislatura atual como na próxima, a representação popular será predominantemente masculina.

Só no Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima houve aumento da bancada feminina. Em 16 estados, diminuiu o no número de candidatas eleitas, sendo o Pará o estado com a mudança mais significativa: a bancada feminina atual tem oito deputadas e, para 2015, foram eleitas somente três.

Pesquisa do DataSenado divulgada neste mês apontou percepções dos brasileiros acerca da dificuldade que as mulheres enfrentam para concorrer: o desinteresse por política e a falta de apoio dos partidos políticos foram apontados como os principais motivos da pequena ­participação da mulher no poder.
O quadro, entretanto, é mais complexo do que parece à primeira vista.

A mesma pesquisa revela que 12% das mulheres já pensaram em se candidatar, mas não se candidataram, e 87% nunca pensaram em se candidatar. As entrevistas foram feitas com 1.091 pessoas, entre homens e mulheres de todo o país, de 16 anos ou mais.

A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), disse que o problema da sub-representação das mulheres na política tem raiz na subordinação imposta às brasileiras ao longo da história e que continua na sociedade atual.

Lista fechada

Segundo Vanessa, não haverá um aumento significativo do número de mulheres na política enquanto não houver uma reforma política que inclua a votação em lista fechada com alternância de nomes entre homens e mulheres.

Com esse tipo de política eleitoral que temos no Brasil, a mulher nunca vai alcançar o seu espaço. Primeiro, porque os partidos são comandados por homens, a mulher quase não tem espaço dentro dessas agremiações; e, segundo, porque o acesso ao financiamento é para eles, não chega a elas.

Vereadora de Belém e integrante da Executiva Nacional do PSOL, Marinor Brito afirmou que o partido apoia a candidatura de mulheres e é cada vez mais firme no trabalho de inverter o quadro da sub-representação feminina.

No último congresso do PSOL, aprovamos por unanimidade que todas as instâncias de direção do partido têm que ter no mínimo 50% de mulheres.

Na Câmara dos Deputados, a bancada feminina crescerá 8,51%. Dos 513 deputados federais eleitos no dia 5 de outubro, 51 são mulheres.

Apesar do crescimento, o total de deputadas eleitas
representa menos de 10% da Câmara.
(Jornal do Senado)

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