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terça-feira, 23 de abril de 2024

Reinaldo suspende obras do Aquário do Pantanal e corta gastos

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05/01/2015 06h49 – Atualizado em 05/01/2015 06h49

Reinaldo suspende obras do Aquário e anuncia medidas de austeridade

Willams Araújo

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi empossado na quinta-feira (1º) durante cerimônia bastante concorrida no plenário da Assembleia Legislativa, onde anunciou medidas de austeridade visando conter a sangria financeira herdada de seu antecessor, André Puccinelli (PMDB), do qual recebeu minutos depois a faixa governamental em outra solenidade na Governadoria.

A posse reuniu as principais lideranças políticas do Estado, familiares do governador tucano e populares que vieram a Capital prestigiar três solenidades, incluindo a posse dos novos secretários, ocorrida por último logo após o ato de transmissão de cargo na Governadoria, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Em discurso durante a posse, Reinaldo chegou a se emocionar ao lembrar do pai, já falecido, e fazer menção a sua família.

Entre as primeiras medidas apresentadas, incluindo a redução de seu próprio salário pela metade, o tucano prometeu conter gastos como forma de viabilizar a máquina administrativa e promover um mutirão da saúde em todo o Estado visando atender a demanda no atendimento à população, além investir nas áreas de educação, segurança pública, assistência social e logística a fim de aumentar a produção.

“Para reduzir custos, decidimos enxugar as estruturas administrativas e, como medida exemplar, decidi cortar o meu salário pela metade. Seremos um governo que não teme ser fiscalizado”, declarou.
Ele afirmou que o primeiro passo é resgatar o valor do planejamento público, gastar menos com burocracia para investir mais nas pessoas.

“Anuncio a minha primeira ação como governador: a organização dos mutirões da saúde, para acabar com as filas vergonhosas dos pacientes. A vida das pessoas não pode esperar pela boa vontade dos governos”.

A primeira medida tomada por Reinaldo, anunciada no primeiro dia de seu governo, foi paralisar as obras do Aquário do Pantanal, o que deve ocorrer oficialmente nesta segunda-feira (5), objeto de investigação por parte do MPE (Ministério Público Estadual).

Ele alega que é preciso fazer uma auditoria no empreendimento que já custou aos cofres públicos R$ 170,5 milhões, valores superiores aos R$ 87 milhões previstos.

Reinaldo deve criar uma comissão e convidar o MPE, o (MPF (Ministério Público Federal), o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) para auditar a obra do Aquário do Pantanal.

A obra foi interrompida e só terá continuidade depois que a auditoria for concluída. Hoje, ele deve visitar ao local para verificar a situação da construção, que deveria ter sido entregue no fim do mandato do ex-governador André Puccinelli, e assinar o decreto que determina a auditoria.

A intenção, segundo o tucano, é analisar se a obra corresponde aos custos, que a princípio foram estimados em R$ 84.749.754,23, mas já chegam a R$ 203 milhões, incluindo os R$ 14,9 milhões injetados pela Petrobras e as suplementações carimbadas pela Assembleia.

TERRORISMO

Tudo parecia normal até no dia seguinte surgir uma bomba encontrada no local onde Reinaldo deu posse a seu secretariado, fato que mobilizou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.

O artefato foi encontrado por funcionários que trabalharam na desmontagem da estrutura usada durante a cerimônia de posse dos secretariados do novo governo.

Em entrevista à imprensa da Capital, Reinaldo disse que a bomba encontrada é um recado a ele. “Não vamos tolerar esses que mandam recado, vamos buscar segurança melhor para a população”.

A segurança oficial do governo diz que o material foi colocado depois do evento. “A equipe de Segurança Oficial do Governo fez uma varredura no local e não havia nenhuma suspeita”, diz nota no site oficial.

SERVIDORES

O governador deu início à caça a funcionários fantasmas contratados pelo seu antecessor, ou seja, aqueles considerados ociosos que não desempenham funções nenhuma no governo e foram nomeados, na maioria dos casos, para campanhas políticas ao longo dos oito anos da administração peemedebista.

Em entrevista sexta-feira ao Bom Dia MS, Reinaldo adiantou que irá reconvocar os funcionários remanejados para outras funções, inclusive policiais militares que a partir de agora serão reutilizados para reforçar a segurança pública.

Reinaldo comentou que tinha a expectativa de aumento de R$ 20 milhões nos gastos do governo. No entanto, houve um incremento de R$ 22,7 milhões só com a folha de pagamento dos funcionários públicos estaduais.

Segundo ele, comparando as folhas de novembro e dezembro, pode-se notar esse aumento, sem contar com as férias e as rescisões, além do aumento de despesas com o repasse do duodécimo aos outros poderes.

Azambuja disse que recomendou aos secretários reduzir em 20% os cargos comissionados de todas as pastas e também o custeio dos órgãos. “Um programa que é feito com 50 pessoas pode ser feito com 5, pela qualidade de quem presta o serviço.

As secretarias terão um prazo de 90 dias para se adequar e reduzir em no mínimo 20% o número de cargos comissionados.

CURRÍCULO

Nascido em 1963, em Campo Grande, Reinaldo Azambuja iniciou a vida profissional no setor do agronegócio, como pecuarista. Começou sua carreira política em 1996, quando foi eleito prefeito de Maracaju, cidade a 157 km da capital sul-mato-grossense.

Foi reeleito em 2000. No último mandato, assumiu a presidência da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul). Em 2006, foi eleito deputado estadual e, em 2010, deputado federal. Em 2012, disputou a Prefeitura de Campo Grande e ficou em terceiro lugar no computo geral dos votos.

Professora Rose nasceu em 1978, em Culturama, distrito da cidade de Fátima do Sul. É bacharel em história e já foi vereadora de Campo Grande. Tem diversos projetos ligados à área social e educação, políticas de proteção às mulheres e combate à violência contra crianças. Ela é autora das leis “Antibullyng nas Escolas”, “Bolsa-universitária”, “Férias no Ceinf” e de leis de proteção à mulher, como o “Botão do Pânico” e de “cirurgias reparadoras para vítimas de violência”.

Governador Reinaldo Azambuja corta gastosfoto - Rachid Waqued

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