18.4 C
Dourados
sexta-feira, 19 de abril de 2024

Lançamento de satélite brasileiro deve ampliar oferta de telefonia celular

- Publicidade -

21/11/2014 11h43

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realizou uma audiência pública para discutir o programa espacial brasileiro na terça-feira (18), no Senado Federal, em Brasília.

Os senadores puderam constatar que o lançamento do satélite geostacionário brasileiro, em 2016, deve ampliar a oferta e melhorar a qualidade de telefonia celular e internet, principalmente na região Norte.

Além disso, autoridades do setor discutiram a oportunidade de robustecer a capacitação tecnológica do País e de ampliar a contratação de outros projetos junto à base industrial espacial brasileira com a implantação do Satélite Geoestacionário de Defesa e de Comunicação (SGDC).

O encontro mostrou ainda a relevância do SGDC para a segurança que proporciona ao controle e qualidade da comunicação do sistema de defesa nacional.

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, destacou em sua apresentação sobre o Programa Espacial Brasileiro a importância da contratação da construção do SGDC junto a Thales Alenia por meio da empresa nacional Visiona, tendo como um de seus itens o acordo de absorção e transferência tecnológica, iniciativa sob a coordenação da Agência.

Por meio desse acordo um grupo de engenheiros e técnicos brasileiros frequentou este ano na França um curso de capacitação espacial, sendo que parte deles trabalha diretamente no desenvolvimento do satélite na França. Em janeiro de 2015 outros 32 especialistas ingressam no programa de capacitação e absorção.

Pauta

A necessidade de aumento nos investimentos do segmento espacial e da criação de maior demanda para o setor foram consenso entre os convidados.

Segundo levantamento apresentado pela diretora adjunta de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Flávia Schmidt, 42% dos profissionais do setor aeroespacial têm curso superior – nos demais segmentos o percentual não ultrapassa 10%.

A mesma pesquisa, realizada junto a 104 empresas, aponta que a maioria saiu da condição de micro e pequena empresa para o patamar de média e grande empresa num espaço de seis anos, sendo que 30% já são exportadoras.

Para Flávia, é fundamental que o governo amplie a demanda dessas empresas com a contratação de projetos evitando, inclusive, a migração para outros ramos de atividade.

Na mesma linha de raciocínio, Eduardo Bonini Santos Pinto, presidente da Visiona Tecnologia Espacial S.A., disse que não há como olhar para o futuro sem se pensar em aumentar a demanda de projetos, pois, caso contrário, “não há porque estamos ampliando nossa capacitação agora”.

Para o presidente da AEB, a absorção e a transferência tecnológica são fundamentais para que se tenha condições de atender as próximas necessidades do país.

Também participaram da audiência o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (inpe), Leonel Perondi, o coronel do Exército Anderson Tesch Horsken Alvarenga, da Assessoria para o Projeto do SGDC do Ministério da Defesa, Francisco Ziober Filho, Presidente da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telesbras) e Ivanil Elisiário Barbosa, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT).
(Agência Espacial Brasileira / Senado Federal)

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights