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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Pesquisa de solos originou-se do Serviço de Fiscalização da Manteiga

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29/01/2015 13h31

Tijolos da época do Brasil Colonial colados com um tipo de massa feita com óleo de baleia e outras deliciosas histórias da ciência em plena Zona Sul do Rio.

Ao lado do Jardim Botânico, foi inaugurado no último dia 15 de janeiro, na Embrapa Solos, o Circuito Histórico de Visitação, que tem como objetivo levar o visitante a uma viagem ao passado da ciência agronômica, desde os tempos do surgimento do Instituto de Química, em 1918, fundado a partir do Serviço de Fiscalização e Defesa da Manteiga, que funcionava no Centro do Rio.

“Na época da Segunda Guerra Mundial, o Brasil importava manteiga industrial e esse laboratório encarregava-se de analisar o laticínio que chegava ao Brasil”, relata Ricardo Arcanjo, bibliotecário e empregado da Embrapa Solos.

Segundo a lei 3.454, de 06/01/1918, “Ao Instituto de Química, criado pela presente lei, caberão não só as funções do atual serviço de Fiscalização da Manteiga mas também a fiscalização de adubos, inseticidas e fungicidas, o estudo de forragens e análises que interessem à agricultura e à pecuária”. Originava-se aí a pesquisa agropecuária no Estado, em 1918.

O Instituto de Química Agrícola ocupou o espaço até 1962. Na sequência, funcionou no local a Divisão de Pedologia e Fertilidade do Solo (1962 até 1975), quando surgiu a Embrapa Solos.

Nesse período, visitaram o local os presidentes Getúlio Vargas, Epitácio Pessoa e a cientista Marie Curie, primeira mulher a receber dois prêmios Nobel, de Química e Física, por suas pesquisas em radioatividade.

Também faz parte do circuito uma parede com os tijolos originais do prédio, com as inscrições “Rio”, “Santa Cruz” e uma cruz, semelhante à cruz de malta (símbolo do reino de Portugal e do Império no Brasil).

Na verdade, trata-se da Cruz Pátea, que é uma das variações da Cruz da Ordem de Cristo, encontrados em sítios históricos em Ouro Preto (MG).

Esse fato corrobora estudos dos pesquisadores do Jardim Botânico Begonha Bediaga e Renato Pizarro Drummond que, no artigo Cronologia Jardim Botânico do Rio de Janeiro, dizem que em 1875 já funcionava, na área da da Embrapa Solos, o Laboratório de Química do Jardim Botânico.

“Vale lembrar que nossa casa ganhou a cara atual em 1918, quando passou por reforma e se tornou o Instituto de Química Agrícola”, diz historiadora da Embrapa Solos, Regina Laforet.

A visitação é gratuita e está aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 17h. A marcação das visitas podem ser feitas pelo telefone (21) 2179 4578 ou pelo email [email protected].
(Embrapa Solos)

Aurélio Favarin - Tijolos da época do Império podem ser conferidos pelos visitantes

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