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sexta-feira, 29 de março de 2024

Pesquisas em mandioca e fruteiras devem incluir possibilidades para automação

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13/08/2014 10h43

As características das cadeias do sistema de produção de mandioca e fruteiras no Brasil vêm registrando mudanças rápidas nos últimos anos.

Além disso, têm peso significativo na balança comercial. A movimentação de frutas frescas é de US$ 9,5 milhões ao ano.

No entanto, o setor precisa inovar e criar novos arranjos e formas de produção. Um dos caminhos pode ser o investimento em processos de automação.

Com esta finalidade, na tentativa de convergir o desenvolvimento de projetos no tema, o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas – BA), Eduardo Augusto Girardi, apresentou e discutiu o panorama atual de pesquisas em mandioca e fruteiras tropicais na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), que lidera o portfólio de automação da Empresa.

De acordo com o pesquisador, estão em pauta atualmente pesquisas com seis culturas – mandioca, banana, abacaxi, maracujá, mamão e citros (laranja, tangerina e limão), nas quais seria possível introduzir o processo de automação, o que tornaria cada uma delas viável economicamente, mais produtiva e valorizada.

A área agrícola da cadeia frutífera do Brasil é estimada em 2,5 milhões de hectares, com presença em várias regiões do país e com mais de 30 polos estruturados em 50 municípios. O setor ainda é importante gerador de empregos, a estimativa é que empregue cerca de 5 milhões de pessoas.

O pesquisador lembrou, no entanto, que há algumas décadas o uso da mão de obra na fruticultura gerava rentabilidade, principalmente para a agricultura familiar de médio porte, quadro que mudou bastante desde 2002.

Ele acredita que a população rural do Brasil não seja nem de 15% atualmente, porcentagem que não atende todas as necessidades do mercado, principalmente em termo qualitativos.

Para Giraridi, essa exigência implica em uso da automação para auxiliar o produtor, porque é grande a dificuldade de conciliar preço acessível, qualidade e ao mesmo tempo mão de obra escassa.

As alternativas apresentadas por ele para automação em geral são aplicar as operações agrícolas mecanizadas: agricultura de precisão que racionaliza a utilização de insumos e minimiza impactos ambientais; diagnose, nutrição de plantas, solo e pragas; equipamentos de suporte e a tratos culturais uso de sensores para monitoramento de variações fisiológicas das plantas; aplicação de agrotóxicos somente nos locais infestados, ou sobre as plantas invasores, e nas quantidades necessárias.

Para criar maior proximidade entre o consumidor e a tecnologia, Girardi sugeriu duas propostas de equipamento pós-colheita: embalagens que indiquem o estágio de amadurecimento e o “doçurômetro” portátil para o cliente avaliar as frutas no mercado.

“O objetivo principal é gerar visibilidade dos resultados em termos do número de produtores atendidos e a distribuição geográfica”, disse.

Para o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação, João Naime, as oportunidades de interação são muitas, “mas devemos focar naquelas que trarão maior impacto para a sociedade, baseados em nossas competências técnicas.

A partir da discussão com os especialistas pudemos identificar demandas e oportunidades de pesquisa em automação, tais como diferentes tipos de colheitadeiras e máquinas para processamento de mandioca para agricultores familiares; equipamentos para colheita mecanizada ou semi-mecanizada de frutas tropicais, além de outras formas de automação para essas importantes cadeias produtivas.”
(Embrapa Instrumentação)

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