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sábado, 20 de abril de 2024

UFGD nasceu com a missão de fazer a diferença

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29/07/2014 14h46 – Atualizado em 29/07/2014 14h46

UFGD 9 anos…A UFGD nasceu com a missão de fazer a diferença

Angela Plotzki e Franz Mendes

Criada em 29 de julho de 2005, mas sua história começou há mais de 30 anos. Em 1970 teve início a saga desta Universidade, com a construção do Centro Pedagógico de Dourados, que fazia parte da Universidade Estadual do Mato Grosso. A criação do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1979, transformou a antiga UEMT em UFMS, e todos os Centros Universitários passaram a compor a nova universidade. Em pouco tempo o sonho com a UFGD começaria a aparecer. Foi em 1982, num artigo escrito pelo professor Wilson Biasotto, que se inflamou o desejo de muitos, de fazer parte de uma Universidade independente. Em 1983, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em Brasília, emitiu parecer favorável à instituição da Fundação Universidade Federal da Grande Dourados, em Mato Grosso Sul.

O Projeto não pôde ser executado, abafado pelos resquícios da ditadura, mas o sonho permaneceu. Passados 20 anos, em 2003, no Auditório do Ceud, então UFMS, foi realizada uma reunião para a constituição de um grupo de trabalho para a elaboração do projeto de criação da UFGD. A Universidade Federal da Grande Dourados avança rumo ao ensino, pesquisa e extensão de excelência. A Unidade universitária (CEUD) que deu origem à UFGD, sempre foi fiel ao princípio da qualidade do ensino, sem descuidar da pesquisa e dividindo seu manancial de conhecimento em construção através da extensão, muitos destes, voltados para a área humana, educação e ambiente.

O espírito dos fundadores sempre foi de garra e determinação. Criavam as próprias condições, abriam caminhos. Recentemente correu um tititi de que os alunos pagariam sua faculdade, recebendo bolsa apenas os que não poderiam custear seus próprios custos. Lembrei-me de toda a luta do movimento estudantil, na época que conheci esta universidade. Como acadêmica participei ativamente do movimento para “eliminar” a mensalidade. Hoje ninguém paga mensalidade. Nem sabe que isto já foi uma realidade na vida de todos os universitários das Federais. Além disto, naquela época, há 25 anos atrás, só tínhamos sala de aula e, a metade dos professores era substituto.

Além de serem apenas graduados. Ao longo dos anos, os poucos efetivos que tinha, iam fazendo, com muita dificuldade o seu mestrado e, muito tempo depois, o Doutorado. Para vocês terem uma ideia. Tivemos a criação do curso de medicina pela UFMS, campus de Dourados. Já na primeira turma do vestibular, o plano parou e todos os recursos prometidos não vieram. Assim, para não fechar o curso, a Associação Médica assumiu e manteve o curso aberto. Nos 5 primeiros anos da primeira turma de medicina, 100% dos professores eram voluntários, inclusive a coordenadora do curso era voluntária.

O mesmo acontecia com as aulas práticas em que eram usados laboratórios da cidade, hospitais em horários específicos, gratuitamente, além de aulas nos laboratórios da UFMS em Campo Grande. No 6º ano, o curso recebeu o seu primeiro professor efetivo e o início da construção do prédio do curso que, só foi possível graças ao empenho enfático de todos os alunos, professores e comunidade geral que lutou para que o curso fosse mantido. Esta realidade se estendeu até a criação da UFGD, quando houve, da parte do Governo Federal, um investimento na qualificação de mão de obra de nível superior e, com isto, um investimento nas universidades federais. Em 2003, foi constituída a comissão visando a possível criação da UFGD.

“Há na Região da Grande Dourados 22 instituições de ensino superior que oferecem 9.917 vagas, em 37 diferentes cursos de graduação, sendo 20 particulares e duas públicas, sendo estas a UFMS e a UEMS. As duas universidades públicas da Região dispõem de 2.230 vagas, sendo 690 na UFMS em Dourados”. Em 2006, quando de sua implantação a UFGD, contava com 12 cursos de graduação, 4 mestrados e um doutorado (o único da UFMS, ATÉ ENTÃO).

Hoje, temos 12 FACULDADES com: 35 cursos de graduação, 18 mestrados, 3 residências, 13 especializações, 8 doutorados. A grandiosa maioria dos professores são Mestres e Doutores (inclusive pós doutores – HÁ POUCO MAIS DE DEZ ANOS era coisa de Estados Unidos) e, mesmo que apertadinhos, tem suas salas. Todos os cursos tem seus laboratórios, mesmo que parcialmente equipados e em construção. As salas de aula tem data-show, cortinas, insulfilm, ar condicionado. Há dez anos, isto era um luxo impensável na instituição federal. Quando muito tinha ventilador e retroprojetor.

Os Técnicos Administrativos, nem se fala. Saímos de uma cidadezinha do interior para uma metrópole. Éramos 69 servidores, poucos com graduação e apenas 2 mestres. Hoje, a grandiosa maioria dos servidores são graduados. Muitos Mestres. As cadeiras e mesas tudo esfarelando, quebradas e remendado pela gente mesmo. Ar condicionado, nem pensar. Se quisesse ventilador, vc. mesmo trazia o seu. Foi uma festa quando a biblioteca conseguiu finalmente seus velhos e usados ar condicionados. A informatização que hoje a gente nem sabe mais trabalhar sem ela, só chegou depois de 1987, com a informatização da Secretaria Acadêmica. Era um caos. Eu estava iniciando na Instituição e nem conhecia o “tal” computador.

Assim, quando foi oferecido na cidade o primeiro curso de computação, óbvio, fui fazer. Tadinha d’eu. Não sabia nem ligar o computador e fui fazer um tal curso de BASIC I e II. PROGRAMAÇÃO DE COMPUTADOR. E pior, era caro, caríssimo. Se já não sabia nada, deu pane geral. Fiquei desesperada. Não entendia nada. E o que eu via no curso não tinha nada a ver com o que precisava entender do sistema que estava sendo implantado na Instituição. A partir daí, já tínhamos alguns computadores na Secretaria Acadêmica, mas, a internet ainda era novidade. Rede e serviços compartilhados? Era assim, como relata o coordenador da SECAC: “Em 85 já havia histórico gerado por computador na UFMS, mas não nos Centros. Em 93 a SECAC lançava as notas em um disquete e enviava, via malote, para C.Grande para gerar histórico. Não dá para chamar de sistema acadêmico. Sistema Acadêmico com geração de histórico nos Centros Universitários, diário eletrônico para o professor lançar plano de ensino, registro de aulas e lançamento de notas e faltas foi uma implantação mais recente…Mas, aos poucos, com muito esforço e determinação, avançamos e estamos instalados, criando uma nova época. Uma nova história. A UFGD é conhecida como um polo de produção e distribuição de conhecimento.

A preocupação com uma educação voltada para a conscientização individual para o bem coletivo é uma característica que se busca incentivar nesta Instituição. Mas, o passo mais importante está dado: o direcionamento para um ensino de qualidade, aliado à produção do conhecimento através da pesquisa, graças a uma equipe qualificada de profissionais que sempre tivemos e que agora, com as novas contratações, tornou-se ainda mais qualificada. Até o início da UFGD, tínhamos 6 terceirizados da limpeza. Hoje temos entre limpeza, copa, recepção, portaria, jardinagem e manutenção, mais de 200 funcionários. A vigilância era toda ela feita por 4 vigilantes efetivos. Hoje, 9 anos depois, temos um contrato de 80 vigilantes e dois efetivos. Câmaras de segurança e vigilância eletrônica em vários prédios. Eram duas unidades com alguns prédios: o CEUD (ATUAL REITORIA) E o NCA com 6 prédios, de um piso (sala de aulas, laboratórios) , um anfiteatro, um mini-auditório (construído com dinheiro de projetos do Prof. Paulo Degrande), um prédio de dois pisos onde passaram a funcionar os cursos de biologia e letras. E onde foi iniciada a construção do prédio da Medicina.

Com a criação da UFGD, foram construídos os prédios das onze faculdades, 3 blocos de salas de aula, a biblioteca, a quadra coberta, piscina olímpica, auditório central (o maior da cidade e região – 800 lugares), o RU, um CEI, vários prédios de laboratórios, a aquisição de nova área para a instalação da Fazenda Experimental e a instalação de toda a infraestrutura necessária, como salas de aula, laboratórios, estufas, etc. e, além da necessidade de locação de 3 prédios a UFGD tem hoje, 3 Bases de Pesquisa, ensino e extensão no Estado (Ladário, Sidrolândia e Nova Andradina). A Unidade II virou uma metrópole. Só para terem uma ideia, o consumo de energia, só da unidade II já é 2x maior que o Município de Itaporã.

Temos 33 transformadores de média tensão instalados. E, temos em construção, o prédio da FAEN, mais dois blocos de salas de aula, vários laboratórios, centro de convivência, EAD, Reitoria, ampliação do RU, biotério etc. Em 2005, havia um estacionamento na Unidade II. Hoje temos 6 estacionamentos, em construção mais 3 (um enorme em frente ao Auditório e Reitoria) e ruas asfaltadas. Além disso, foi feita toda a infraestrutura pluvial e rede de água e esgoto, com lagoas de decantação e tratamento de fluídos.

A UFGD está em construção, na adolescência. Se não se perder em seus conflitos internos, teremos uma grandiosa Universidade e, assim como eu, daqui a 20, 30 anos, os Senhores poderão dizer com orgulho “EU AJUDEI A CRIAR ESTA UNIVERSIDADE”, que hoje já é conhecida no País e, considerando a equipe altamente gabaritada de servidores que constitui seu corpo técnico administrativo e docentes, ela será referencia internacional. Juntos vamos fazer isto acontecer ! PARABÉNS UFGD pelos seus 9 anos.

UFGDFoto: Franz Mendes

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