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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Estudo revela causas de mortes acidentais de crianças brasileiras

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Trânsito e Afogamentos

Acidentes de trânsito e afogamentos destacaram-se como primeira ou segunda causa

Um estudo encomendado pela ONG CRIANÇA SEGURA revelou as principais causas de mortes acidentais, de crianças menores de 15 anos segundo os estados brasileiros.

A análise mostrou, entre outros resultados, que a taxa de mortalidade do Brasil (10,6 por cem mil habitantes da idade) foi superada por grande parte dos estados e apontou os acidentes de trânsito e os afogamentos como os principais responsáveis pelos óbitos de crianças até 14 anos.

Para a pesquisa, foram consultados números oficiais do Ministério da Saúde, disponíveis no DATASUS, do ano de 2007, período mais atual disponibilizado pelo banco de dados.

A análise foi conduzida pela Dra. Maria Helena de Mello Jorge e Dra. Sumie Koizumi, pesquisadoras da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Sabe-se que alguns estados notificam os dados de mortes de forma mais criteriosa e específica e outros ainda estão melhorando a sua capacidade para isso.

Essas características de cada estado podem interferir nos resultados, fazendo com que tenham números maiores sendo que, na verdade, a notificação é que foi feita de forma mais adequada.

Por isso, a CRIANÇA SEGURA não pretende com essa divulgação denunciar e sim mostrar a realidade dos números para chamar a atenção para a importância de se trabalhar políticas públicas de melhoria de notificação e de prevenção aos acidentes.

Segundo os dados, 5.324 crianças morreram em 2007 vítimas de acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros.

Os acidentes representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil.

Principais resultados

No Brasil, a taxa de mortalidade de menores de 15 anos por acidentes foi de 10,6 (por cem mil habitantes). Essa taxa foi superada pela maioria dos estados.

As cindo unidades que apresentaram as maiores taxas fora

Tocantins (21,9); Roraima (20,2); Mato Grosso (16,3); Amapá (15,5) e Mato Grosso do Sul (15,0).

Os cinco estados que apresentaram a menor taxa foram: São Paulo (8,1); Rio Grande do Norte (8,8); Bahia (9,0); Minas Gerais (9,4) e Ceará (9,7).

Análise por estados: o afogamento foi o acidente que mais apareceu em primeiro lugar no ranking levando em conta os sete estados da região Norte.

Este acidente foi a primeira causa de morte de crianças até 14 anos, por acidentes, no Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

Em Tocantins e Rondônia, os acidentes de trânsito ocuparam o primeiro lugar.

Queimaduras, sufocações, envenenamentos com picadas de animais, com plantas e quedas também apareceram entre as outras causas principais.

Na região Nordeste, o acidente de trânsito predominou em primeiro lugar no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Maranhão, sendo que neste último estado, empatado com afogamentos.

Na Bahia, a principal causa foi o afogamento isoladamente.

Entre as outras causas apareceram as quedas, sufocações, queimaduras e outros.

O acidente de trânsito também foi o principal responsável pela morte de crianças até 14 anos, por acidentes, em três estados da região Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Apenas no Espírito Santo, o afogamento ocupou o primeiro lugar no ranking.

Para os estados que tiveram o acidente de trânsito como causa principal, o afogamento apareceu como causa secundária com exceção do Rio de Janeiro onde a sufocação ocupou o segundo lugar.

Na região Sul, o acidente de trânsito predominou em primeiro lugar nos três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A sufocação e afogamento apareceram como segunda a terceira causa, respectivamente, no caso do PR e RS. Somente em Santa Catarina que o afogamento ocupou o segundo posto e a queimadura, o terceiro.

Mais uma vez, o trânsito foi o grande vilão. Na região Centro-Oeste, este acidente apareceu em primeiro lugar nos três estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal.

O afogamento também foi a segunda principal causa em GO, MT e DF. No Mato Grosso do Sul, foi a sufocação que ocupou este posto.

Mais sobre estes acidentes

Ao considerar o total de acidentes fatais com crianças em 2007 (5.324), o trânsito representa a principal causa.

Foram 2.134 mortes, sendo que 44% corresponderam aos atropelamentos, 28% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 6% na condição de ciclista e os 22% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito.

Os afogamentos representam a segunda causa de morte no ranking. Foram 1.382 mortes de crianças até 14 anos por afogamento em 2007.

A maior parte destes acidentes acontece em águas abertas, como mares e rios.

Mas os riscos podem estar no ambiente doméstico, nas piscinas, nas banheiras, bacias e baldes, caixas d’água, etc. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam grande perigo.

Em 2007, 701 crianças até 14 anos morreram vítimas de sufocações, acidente que ocupa a terceira posição do ranking geral de mortes por acidentes.

Esta é inclusive a principal causa de morte acidental de crianças de até 1 ano no Brasil.

Até os 4 anos de idade, a criança fica muito exposta à este acidente pois é nesta fase que ela inicia a exploração do mundo ao seu redor por meio dos sentidos – tato, audição, paladar, visão e olfato.

Nesta etapa da vida, é muito comum que os pequenos levem tudo à boca e por isso é preciso ficar atento.(Ong Criança Segura)

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