17/04/2015 14h28
Os preços do açúcar começaram a semana com valorização nas bolsas internacionais.
Em Nova York, no vencimento maio/15, a commodity foi cotada dia (13) a 13,01 centavos de dólar por libra-peso, uma alta de 18 pontos no comparativo com a véspera. No lote julho/15, ela subiu sete pontos.
Em Londres, os preços também tiveram valorização no vencimento maio/15. O açúcar foi negociado a US$ 366,90 a tonelada, alta de US$ 1,30. Na tela agosto/15, a commodity subiu 30 cents.
A explicação para essa alta está em um possível atraso na colheita da safra 2015/16 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, segundo o jornal Valor Econômico de terça-feira (14).
“Grandes grupos do país afirmaram que vão atrasar o início de sua colheita em 10 a 15 dias, postergando a entrega do produto final ao mercado”, disseram os especialistas consultados pelo jornal.
Mercado interno
Segundo os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, os preços do açúcar no mercado interno caíram 0,33%. Eles foram cotados a R$ 51,40 a saca de 50 quilos do tipo cristal.
Como normalmente ocorre em início de safra, a produção de usinas está voltada ao etanol e ao açúcar VHP. Com isso, as negociações envolvendo o cristal ainda são lentas, de acordo com os pesquisadores do Cepea.
Compradores adquirem pequenos volumes apenas quando há necessidade, na expectativa de que os preços caiam com a intensificação da colheita e, consequentemente, haja maior oferta de cristal.
Etanol
Os preços do etanol diário medidos pela Esalq/BVMF subiram 1% em relação ao dia anterior. Os negócios foram firmados em R$ 1.208,50 o metro cúbico do biocombustível.
A oferta de etanol aumentou na última semana, devido ao maior número de usinas da região Centro-Sul dando início às atividades de moagem da safra de cana-de-açúcar 2015/16.
Além disso, pesquisadores do Cepea relatam que algumas unidades ainda contam com estoques remanescentes, aumentando a necessidade de venda.
Por outro lado, a demanda mais aquecida nos últimos dias resultou em um maior volume comercializado, limitando as desvalorizações.
(Agência UDOP de Notícias)