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13/07/2020 16h53 – Por: Flávio Verão

Até pouco tempo muitas pessoas em rodas contavam muitas histórias de pescaria, de futebol, outros assuntos do dia-dia e faziam planos futuros. Quando alguém intervia e desse uma opinião tomando como exemplo um fato do passado era muitas vezes ignorado.

A maioria sempre valorizou o presente, hoje como não pode vivê-lo, está remontando ao passado com postagens dos momentos felizes que vivera.

A amizade muitas vezes era regada a churrascos e bebedeiras, onde sempre eram postadas na mídia no dia seguinte, principalmente nas colunas sociais. Hoje como está tudo proibido, muitas delas estão depressivas devido ao isolamento a que foram submetidas.

Uma minoria às escondidas faz alguma festinha de aniversário, até muitos casamentos foram adiados sine die. Um desses festeiros me confidenciou que todo ano lhe telefonavam perguntando sobre a festa que ele costumava oferecer. O aniversário passou e ninguém lhe telefonou parabenizando-o, afinal tudo está sendo adiado.

Tudo é passado, mas uma minoria ainda o valoriza, as pessoas gostam de ser lembradas no dia do nascimento. O calor humano para alguns era sempre a troco de uma festa.

Ele chegou à conclusão que vivia de ilusão e nem todos eram amigos. Respondi a ele que somente Deus oferece e não cobra nada, basta pedir.

No momento atual é o único que poderá nos ajudar a continuar vivendo e conquistar o futuro. O mundo que aparentemente que conhecíamos, virou de cabeça para baixo.

Dourados-13 de julho de 2020.

José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado