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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Debatedores cobram garantia de recursos e mais qualidade nos gastos com educação

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Audiência Pública - O Novo Fundeb: as boas práticas de investimento em educação e ações de fiscalização. João Vitor Pires - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

João Pires defendeu mais qualidade nos gastos em educação / Elaine Menke/Câmara do Deputados

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) atualmente conta com mecanismos eficientes para aplicação dos recursos, mas agora é preciso avançar na qualificação dos gastos. A opinião é do assessor especial da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, João Vitor Pires, que participou de audiência pública nesta quarta-feira (8) na comissão externa da Câmara que acompanha os trabalhos do Ministério da Educação.

Para João Vitor, que é analista de finanças públicas, é preciso mudar a mentalidade dos gestores para que os gastos atinjam a melhoria na qualidade da educação. “Essa pauta é vista como algo que tem menos apelo social. Mas não tem coisa com mais apelo social no nosso país do que gastar bem o dinheiro da educação”, disse.

Para João Vitor, cada real mal gasto com educação no Brasil significa “uma criança que não vai ser alfabetizada adequadamente, um jovem que não vai chegar ao ensino médio com uma aprendizagem adequada, uma alimentação numa escola que não vai estar sendo bem adequada”.

O deputado Felipe Rigoni (União-ES) lembrou que o novo Fundeb foi um avanço para a educação, mas agora é preciso acompanhar como estão sendo gastos os recursos destinados para a melhoria da qualidade do ensino.

“A gente conseguiu reduzir e muito a desigualdade na distribuição do dinheiro com o novo Valor Anual Total por Aluno (VAAT). A gente vai conseguir aumentar bastante o dinheiro que os municípios que recebiam menos receberão daqui para frente, o que vai equalizar bastante o financiamento educacional em todo o nosso país”, afirmou Rigoni.

Audiência Pública - O Novo Fundeb: as boas práticas de investimento em educação e ações de fiscalização. Dep. Felipe Rigoni UNIÃO-ES

Rigoni: novo Fundeb vai equalizar o financiamento educacional em todo o País / Elaine Menke/Câmara dos Deputados

Recursos do Fundeb
Atualmente, cerca de 70% dos recursos do Fundeb são provenientes da arrecadação do ICMS. Segundo o representante da ONG Todos pela Educação, Lucas Hooberbruge, a redução da arrecadação proveniente desse imposto, em discussão no Congresso Nacional, pode fazer com que os recursos para a educação sejam reduzidos entre R$ 20 e R$ 30 bilhões, segundo ele, mais do que o aumento conquistado com o novo Fundeb.

Hooberbruge criticou o projeto que reduz o ICMS sobre combustíveis, gás natural e energia elétrica, entre outros (PLP 18/22), porque, para ele, a redução dos preços dos combustíveis não pode ser feita a partir da inviabilização da educação no Brasil. A proposta já foi aprovada pela Câmara e aguarda votação no Senado.

Audiência Pública - O Novo Fundeb: as boas práticas de investimento em educação e ações de fiscalização. LUCAS HOOGERBRUGGE, Representante da Organização Todos pela Educação

Lucas Hooberbruge: Fundeb pode perder até R$ 30 bi com mudanças no ICMS / Elaine Menke/Câmara dos Deputados

“Eu acho que a gente precisa discutir esses temas de qualidade de gastos, transparência e controle, mas antes disso a gente precisa garantir que exista o novo Fundeb. A situação que a gente está trabalhando agora é de que o novo Fundeb não exista mais semana que vem, porque a gente vai perder uma quantidade de recursos enorme na educação caso o PLP 18 seja aprovado no Senado”, disse.

Em relação aos investimentos, Lucas Hooberbruge pediu mais transparência nas informações sobre os repasses efetuados para os municípios. Segundo ele, a forma como é repassada essa informação hoje dificulta a aplicação dos recursos e a prestação de contas por parte dos gestores.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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