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sexta-feira, 29 de março de 2024

5 formas pelas quais a FAO está buscando um ambiente mais saudável

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Por ONU

Um ambiente mais saudável é um dos principais objetivos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). 

Por isso, há anos o órgão defende melhorias em práticas ambientais nos sistemas agroalimentares, com foco na conservação e gestão sustentável de terras agrícolas, florestas, águas terrestres e recursos oceânicos.

Na próxima década, as principais áreas de ação da organização estão ligadas ao investimento na bioeconomia sustentável, no gerenciamento da poluição, no desenvolvimento de padrões sociais e ambientais, na divulgação de dados sobre a situação do planeta e na preservação de patrimônios agrícolas.

A agricultura existe há mais de 10 mil anos. Nesse tempo, não só nos deu comida, abrigo e meios de subsistência, mas também conhecimento, tradições, inovações e serviços ecossistêmicos. No entanto, com muitos ecossistemas sobrecarregados, a agricultura agora precisa fornecer todos esses benefícios –e mais– ao mesmo tempo em que é ainda mais resiliente ao meio ambiente.

Se não levarmos em conta nossos recursos naturais e respeitarmos o meio ambiente, colocamos em risco a alimentação e a agricultura. É por isso que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sempre esteve na vanguarda do apoio aos produtores de alimentos e outros produtos rurais, preservando nosso planeta. 

Desde a Conferência de Estocolmo de 1972 até hoje, a FAO tem defendido melhorias em práticas ambientais nos sistemas agroalimentares, com foco na conservação e gestão sustentável de terras agrícolas, florestas, águas terrestres e recursos oceânicos. 

Mas o trabalho da FAO não para por aí. Um melhor ambiente é uma das principais áreas de ação da organização na próxima década. Aqui estão cinco maneiras pelas quais a FAO está trabalhando para criar um ambiente mais inovador e resiliente:

Bioeconomia sustentável – A nível de Nações Unidas, a FAO está liderando o movimento em direção a uma bioeconomia sustentável e circular, que envolve o uso de recursos biológicos, processos e inovações. O objetivo é tornar os sistemas agroalimentares mais sustentáveis e resilientes e, ao mesmo tempo, apoiar o desenvolvimento de uma economia justa e verde, para garantir que todos os cidadãos globais tenham acesso a alimentos nutritivos.

Uma bioeconomia sustentável e circular está na vanguarda das melhorias revolucionárias em áreas relacionadas a agroalimentos, incluindo ciência do microbioma, proteínas alternativas, biopesticidas, gestão circular de resíduos e restauração de ecossistemas.

Gerenciamento da poluição – A FAO está transformando a maneira como usamos plásticos na agricultura. Um relatório recente da FAO revelou pela primeira vez que a poluição plástica nos ecossistemas terrestres é provavelmente muito maior do que a dos aquáticos. O relatório delineou várias soluções para lidar com o problema, com base em uma abordagem 6R (Recusar, Redesenhar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar), além de identificar produtos plásticos agrícolas potencialmente prejudiciais que devem ser retirados com prioridade. 

A FAO agora trabalha com os países para propor orientações técnicas com o objetivo de cobrir todos os aspectos da gestão de plásticos em todas as cadeias de valor agroalimentar.

Padrões sociais – A FAO garante que todos os seus projetos e programas passem por uma avaliação minuciosa antes da implementação, de modo que incorporem resultados ambientais e de segurança sólidos em seu projeto. Em 2021, a FAO revisou 667 de seus projetos com base em diretrizes de gestão ambiental e social. 

O objetivo é estabelecer um equilíbrio entre proteger e usar de forma sustentável os recursos naturais e atender às crescentes necessidades da sociedade por alimentos, nutrição e meios de subsistência decentes e resilientes.

Dados abertos – Os sistemas agroalimentares precisarão se tornar cada vez mais resilientes aos desafios crescentes, incluindo uma população cada vez maior com mudanças nos hábitos alimentares, degradação do ecossistema e mudanças climáticas. A Plataforma Geoespacial Hand-in-Hand da FAO fornece um tesouro de dados ambientais relacionados à agroecologia, água, terra, solos, gases de efeito estufa e muito mais.

Esses dados são fundamentais para identificar pontos críticos de risco climático e ambiental e para projetar soluções sob medida para os países e regiões mais necessitadas. 

A FAO também disponibilizará um kit de ferramentas de risco climático destinado a aumentar a resiliência, fornecendo 65 camadas de dados de acesso aberto para garantir que todas as partes interessadas em alimentos e agricultura possam identificar e abordar totalmente os riscos climáticos.

Preservação – Há 20 anos, a FAO reconhece lugares em todo o mundo que combinam paisagens excepcionais com conhecimento tradicional de resiliência e gestão sustentável da terra e dos recursos naturais. Denominados Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM), esses sítios atuam como uma interface entre os seres humanos e o meio ambiente, representando a ideia de “conservação dinâmica”, onde as práticas tradicionais, o abastecimento de alimentos e a proteção ambiental do meio ambiente andam de mãos dadas.

Desde o Sistema Arroz-Peixe-Pato na China e a Agricultura Andina no Peru até a agrofloresta nas encostas do Monte Kilimanjaro na Tanzânia e os vinhedos tradicionais de Soave na Itália, todos os SIPAM são caracterizados por seu compromisso com a agrobiodiversidade, alimentação e segurança dos meios de subsistência, conhecimento tradicional e sistemas de valores, bem como organizações sociais. Atualmente, existem mais de 60 SIPAM em mais de 22 países ao redor do mundo –incluindo no Brasil.

Padrões globais – Durante décadas, a FAO vem ampliando seu papel global na gestão ambiental em alimentos e agricultura: desenvolvendo códigos de conduta sobre a gestão responsável de pesticidas, fertilizantes, silvicultura e pesca e diretrizes voluntárias sobre a governança responsável da posse da terra, pesca e florestas; co-estabelecendo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a Convenção de Roterdã, destinada a proteger a saúde humana e o meio ambiente de certos produtos químicos perigosos; instalação do Sistema Africano Avançado de Monitorização Ambiental em Tempo Real (ARTEMIS); e a adoção do Tratado de Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura, entre muitas outras iniciativas. 

Além disso, estima-se que a restauração de 350 milhões de hectares de terras degradadas até 2030 poderá gerar nove trilhões de dólares em serviços ecossistêmicos e remover 13 a 26 gigatoneladas adicionais de gases de efeito estufa da atmosfera.

Esse trabalho não pode ser feito sem o apoio de todos os atores em toda a cadeia de valor agroalimentar global, e é por isso que a FAO se orgulha de co-liderar com o PNUMA a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas. 

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