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sexta-feira, 29 de março de 2024

Irrigação garante o futuro da alimentação no cenário global

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Por Portal do Agronegócio

Com essa atividade é possível alcançar maior eficiência no uso do solo, por meio dos fertilizantes, viabilizar o cultivo de grãos e fibras em períodos de estiagem, proporcionar a redução das perdas por evaporação, possibilitar produtividade até três vezes maior do que em áreas de sequeiro, reduzir o impacto climático sobre as culturas, aumentar a diversidade de produtos agrícolas, permitir o uso do solo durante todo o ano e fortalecer a geração de emprego e renda. Esta atividade, por todas as razões mencionadas, tornou-se imprescindível para garantir a oferta de alimentos e fomentar o desenvolvimento econômico e ambiental do País. 

O Oeste Baiano é uma das mais ativas fronteiras agrícolas do mundo com  área cultivada estimada em 2,9 milhões de hectares. Com alto potencial hídrico, a região tem cerca de 200 mil hectares irrigados, o que corresponde a 8% do total, com capacidade para ampliação. 

Com foco na sustentabilidade, a agricultura tem buscado, nas últimas décadas, através da comunidade científica e profissionais especializados, a inovação no campo associada à transferência de conhecimento e tecnologia, priorizando não somente o cumprimento legal, mas a adoção de sistemas de produção eficientes, contribuindo para reduzir impactos e, consequentemente, a produtividade e o lucro.

Uma das entidades que trabalham para a promoção da irrigação sobre bases sustentáveis, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) desenvolve ações de educação ambiental e projetos que visam a preservação do meio ambiente. Uma dessas iniciativas é o Estudo do Potencial Hídrico do Oeste da Bahia, realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Trata-se de um conjunto de estudos sobre água superficial, subterrânea, Carbono e ocupação do solo, que visa oferecer dados para a consolidação da segurança hídrica e ampliar o conhecimento geográfico sobre a região.

Outra ação mantida, pensando no futuro desse importante recurso hídrico, é o Projeto de Recuperação de Nascentes, desenvolvido pela Aiba em parceria com outras instituições e dez municípios da região. Premiado pela Agência Nacional das Águas (ANA) em 2020, o projeto identificou 220 áreas passíveis de condução de ações, e destas, 67 áreas foram trabalhadas e recuperadas, promovendo também a capacitação de mais de 1.200 pessoas, entre moradores de comunidades ribeirinhas, estudantes e professores da região. 

A Aiba também tem trabalhado para ampliar o desenvolvimento regional e mitigar impactos, a exemplo do acompanhamento das ações do Plano de Manejo da APA bacia do Rio de Janeiro, área com 352 mil hectares, e do Sistema Integrado para Gestão dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos no Oeste da Bahia, que busca o gerenciamento de dados sobre o uso da água na agricultura da região, com foco na eficiência hídrica. Por meio desse projeto foi desenvolvido o Sistema de Inteligência Territorial e Hídrica para o Oeste da Bahia, um atlas disponível na plataforma digital Sistema OBahia (https://aiba.org.br/modulo-de-visualizacao/). 

O produtor rural e vice-presidente da Aiba, Willian Seiji Mizote, destaca a necessidade e a importância da otimização no uso da água. “O produtor é muito consciente no uso de água, pois sabe que é um recurso finito. E a irrigação envolve custos, também, que impactam na rentabilidade do negócio”, explica o produtor que ainda complementa. “Ao contrário do que pensam algumas pessoas e do que é divulgado, o produtor é um dos mais preocupados em preservar os recursos naturais, principalmente a água, e faz uso racional porque entende que se usar de forma errada, e desperdiçar, a atividade dele e a sustentabilidade da região serão comprometidas”, concluiu Mizote.

Líder de sustentabilidade em irrigação, o Brasil está no centro da produção agropecuária sustentável em todo o mundo com capacidade para contribuir com a oferta global de alimentos e energia. É o que aponta o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado na última quinta-feira (09), durante o seminário de Agricultura, Pecuária, Energia e o Efeito Poupa-Florestas. O Comparativo Internacional mostra o Brasil à frente de outros países agroexportadores, em termos de crescimento da produtividade comparado aos níveis de emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

De acordo com a pesquisa, a produção brasileira por unidade de emissão de GEE tem crescido continuamente, entre outros fatores, devido ao avanço da mudança tecnológica e aos investimentos em produção de baixo carbono. A economia brasileira apresentou a melhor taxa de crescimento do indicador, que tem como referência a produção agropecuária por emissões totais de gases estufa entre 1990 e 2020. De acordo com o estudo a taxa é de 3,92% na pecuária e 3,93% na agricultura. O indicador alcançou 43,2% do território nacional em 2020. 

Dia Nacional da Agricultura Irrigada

A proposta da PL2975/2021 propõe que a data comemorativa seja instituída para 15 de junho, devido à proximidade ao Dia do Meio Ambiente, que marca também o início do período seco em muitas regiões do País, o que faz com que a produção de alimentos dependa da irrigação. 

Com representatividade em vários comitês de bacias hidrográficas, a exemplo da Bacia do Rio Grande e do São Francisco, em que participa ativamente das decisões e debates acerca do uso correto da água, a Aiba também é uma das 13 associações de irrigantes que integram a Rede Nacional de Irrigantes (Renai), uma entidade sem fins lucrativos, que visa incentivar o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada, contribuindo para a sustentabilidade do agronegócio e a redução da fome e da pobreza no Brasil.

Fonte: AIBA

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