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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Apesar de queda na renda, IDH municipal teve alta no Brasil em 2016-2017

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19/04/2019 15h06 – Por ONU

Entre 2016 e 2017, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil apresentou crescimento leve, de 0,776 para 0,778, mesmo com a diminuição da renda per capita no biênio. É o que revelam os novos dados do Radar IDHM, divulgados na terça-feira (16).

Levantamento detalha os indicadores do desenvolvimento humano no Brasil, nas unidades federativas e em regiões metropolitanas.

O índice geral é calculado a partir de três dimensões — renda, educação e longevidade.

Os números atualizados do Radar IDHM apontam para uma queda de 0,92% no valor da renda per capita, que passou de R$ 842,04 para R$ 834,31 no biênio 2016-2017. Com o decréscimo, houve retração do componente de renda do IDHM — de 0,748 para 0,747.

Mas o impacto foi compensado pelas outras duas dimensões do índice. O crescimento da expectativa de vida, de 75,72 anos para 75,99, alavancou o IDHM Longevidade, que subiu de 0,845 para 0,850.

Já a dimensão Educação, que avançou de 0,739 para 0,742, foi impulsionada pelo subíndice de Frequência Escolar, com aumento de de 0,792 para 0,797.

Embora persistentes, as diferenças entre brasileiros de gênero e cor distintos diminuíram no período analisado.

O IDHM da população branca caiu de 0,819 para 0,817, ao passo que o da população negra subiu de 0,728 para 0,732.

O resultado é explicado por uma melhoria em todos os quesitos analisados para os negros. Entre os brancos, houve queda nas dimensões Renda e Educação.

Apesar dessa aparente superação das lacunas, brancos ainda ganham cerca de duas vezes mais do que os negros: R$ 1.144,76 contra R$ 580,79.

O Radar IDHM também registra uma redução nas desigualdades entre homens e mulheres, em grande parte devido à menor diferença no IDHM Renda.

Esse é o único indicador em que o valor observado para as mulheres, quando ajustado às diferenças de rendimento do trabalho, é inferior ao verificado para os homens.

Em 2016-2017, o índice de Renda dos homens caiu de 0,818 para 0,814. Já o das mulheres subiu de 0,658 para 0,660.

Estados e regiões metropolitanas

A maior parte das unidades federativas seguiram avançando no desenvolvimento humano entre 2016 e 2017, mas seis estados apresentaram redução no IDHM.

Acre (-0,010) e Roraima (-0,006) tiveram as maiores quedas, seguidos por Rio Grande do Norte (-0,005), São Paulo (-0,005), Distrito Federal (-0,004) e Pernambuco (-0,003).

As maiores tendências de crescimento foram observadas no Amazonas (+0,017) e na Paraíba (+0,013). Os estados tiveram crescimento de 2,4% e 1,8%, respectivamente.

As disparidades interestaduais e regionais ainda são significativas: em 2017, o IDHM atingia 0,850 no Distrito Federal e 0,837 em São Paulo, mas alcançava somente 0,687 no Maranhão e 0,683 em Alagoas.

Apenas no DF e nos estados do Sul e Sudeste, os valores do IDHM foram superiores à média do país.

O Radar IDHM traz ainda uma coleta ampliada dos dados para 20 regiões metropolitanas (RMs) e para a Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) da Grande Teresina. O índice apresentou tendência de avanço em 11 RMs e na RIDE Grande Teresina.

Em 2017, o IDHM atingia os maiores valores em Florianópolis (0,840) e em São Paulo (0,836) e os menores valores em Macapá (0,746) e Maceió (0,721).

Em 12 regiões metropolitanas, todas elas localizadas no Norte e no Nordeste, o IDHM era inferior ao do país.

A dimensão Longevidade foi a única que cresceu em todas as RMs. Já as dimensões Renda e Educação recuaram em dez das 21 regiões analisadas.

A base de dados completa do Radar IDHM e suas análises estão disponíveis no portal www.atlasbrasil.org.br.

As informações são disponibilizadas com o objetivo de estimular a concepção e a implementação de políticas públicas que contribuam para gerar avanços na realidade social e econômica do Brasil, com redução das desigualdades e ampliação das oportunidades de inclusão.

O estudo é resultado de uma parceria de mais de 20 anos entre a Fundação João Pinheiro (FJP), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Favela na periferia de Salvador, Bahia. Foto: Banco Mundial/Scott Wallace

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