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sexta-feira, 29 de março de 2024

Comissão da Mulher faz levantamento de casos de violência que viraram notícia

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09/03/2019 07h00 – Por Agência Câmara Notícias

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher fez, no ano passado, um extenso trabalho de pesquisa dos veículos de comunicação do País, com o objetivo de apurar os casos de violência contra mulheres que viraram notícia.

Ao todo, foram analisadas 140.191 notícias veiculadas pela imprensa brasileira entre janeiro e novembro de 2018.

E encontrados 68.811 casos de violência contra a mulher, divididos em cinco principais categorias: importunação sexual, violência online, estupro, feminicídio e violência doméstica.

A base de dados para a pesquisa foi o banco de matérias da Linear Clipping, empresa especializada em monitoramento estratégico de notícias. No caso do estupro, foram 32.916 casos, sendo 43% das vítimas com menos de 14 anos.

De acordo com o estudo, os dados mostram que o maior número de abusadores sexuais compartilha laços sanguíneos ou de confiança com a família da vítima. Quase a metade dos crimes (49,8%) foram cometidos por companheiros e parentes.

O levantamento da comissão registrou também 14.796 casos de violência doméstica, cometida em 58% das vezes por namorados e maridos, atuais ou ex.

Já para o feminicídio, ou seja, o assassinato de mulheres motivado por discriminação pela condição de mulher, foram encontradas 15.925 notícias. 95% dos assassinos eram maridos, namorados ou ex-companheiros.

São, ainda, 2.788 casos de crimes contra a honra de mulheres em ambiente online. Já para a importunação sexual, prática que virou crime recentemente, foram encontradas 72 notícias. Em 97% dos casos, os agressores eram desconhecidos.

Denúncias

A deputada Luizianne Lins (PT-CE) foi uma das vice-presidentes da comissão da Mulher na legislatura passada. Para ela, um dos grandes desafios é garantir que as vítimas de violência denunciem os crimes.

“O fato de as mulheres estarem se conscientizando de que é crime tem ajudado muito para que isso vá para esfera pública.”

O levantamento da comissão da Mulher não teve um recorte racial, mas a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ressalta que o combate à violência de gênero passa pelo debate racial.

“Elas vão sofrer por serem mulheres e também por serem negras. E isso é muito sério. Nós temos que combater o racismo, a exclusão e a invisibilidade da população feminina negra”, afirmou.

A deputada estreante Joenia Wapichana (Rede-RR) é a primeira mulher indígena a ser eleita deputada. Ela pretende participar da comissão da Mulher e quer colaborar com estudos ainda mais aprofundados.

“Talvez, agora, abordar outras questões, por exemplo, as questões raciais e à questão sócio-econômica”, sugeriu.

Veja gráficos abaixo. No caso de mais de uma notícia sobre o mesmo caso, o episódio foi registrado apenas uma vez

Agência Brasil - EBC

Agência Câmara Notícias

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