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quinta-feira, 28 de março de 2024

​O que um motorista que transporta carga perigosa precisa saber?

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28/01/2019 06h00 – Por Portal do Trânsito

O que você faria? Você dirige um caminhão carregado de carbureto de cálcio e sofre um acidente. A carga se espalha sobre asfalto.

Começa um foco de incêndio e você precisa agir rapidamente.

Populares se aproximam do veículo para prestar socorro. Você vê que eles trazem baldes de água para apagar o fogo. E agora?

Esse exemplo fictício ajuda a entender a importância do Curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos – muito conhecido pela sigla MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos). Entre os cursos presenciais oferecidos pelo SEST SENAT, esse é um dos campeões de procura.

Com a formação, o motorista ganha elementos para evitar riscos e sanar emergências. É importante que ele conheça as 9 classes de produtos perigosos, assim como as cores e os símbolos relacionados.

Também é indispensável o entendimento da ficha de emergência, que contém telefones úteis e instruções diversas, e do equipamento de proteção individual (EPI).

“Esse profissional saberá que o carbureto de cálcio, quando molhado, solta acetileno, que é um gás inflamável. Nesse caso, a água alimentaria o fogo.

O correto seria aguardar a chegada do Corpo de Bombeiros, que usaria pó químico seco”, ensina o instrutor do SEST SENAT Tiago de Oliveira Melo, que é técnico em química e pós-graduado em Gestão de Educação e Segurança no Trânsito.

“Além disso, o condutor tem de ter responsabilidade, ser uma pessoa comprometida e ter a consciência de que a carga transportada pode prejudicar muitas pessoas”, lista o instrutor.

Em suas turmas de MOPP, ele sempre repassa os famosos elementos de direção defensiva: conhecimento, atenção (difusa e concentrada), previsão (mediata e imediata), decisão e habilidade.

Para ficar mais claro, previsão mediata é aquela feita antes do surgimento de um problema. No universo das cargas perigosas, um exemplo seria: um produto classe 3 (combustível) é incompatível com outro da classe 5 (oxidante).

Se entrarem em contato, ocorrerá liberação de calor (reação exotérmica), ou seja, pegará fogo. Portanto, o motorista conhecedor dessas características não aceitará a proximidade desses dois produtos, pois está prevenido.

E se, apesar da cautela, o veículo com carga perigosa se envolver em algum acidente?
“O condutor tem de manter a calma e sinalizar para as pessoas manterem a distância”, explica Tiago de Oliveira Melo.

“Terá de afastar os curiosos. Infelizmente, hoje as pessoas querem filmar tudo. Então é preciso manter essa distância mínima e sinalizar bem o local. Não se esqueça de utilizar o EPI, que muda de produto para produto”, aconselha.

O Curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos tem 50 horas de duração e precisa ser renovado a cada 5 anos.

Os requisitos da matrícula são aqueles da Resolução 168 do Contran: ser maior de 21 anos; estar habilitado na categoria B, C, D ou E; não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da CNH, pena decorrente de crime de trânsito e não estar impedido judicialmente de exercer seus direitos.

As informações são da Agência CNT de Notícias

Com a formação, o motorista ganha elementos para evitar riscos e sanar emergências. Foto: Fernando Oliveira/PRF/Divulgação

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