“O valor que eu recebia ajudará outras pessoas”, diz ex-beneficiária do Bolsa Família
29/12/2018 10h07 – Por Ascom/MDS
A agricultora Maria Cecília Moreira, de 55 anos, observa a pequena propriedade rural, no interior do município de Andradas, em Minas Gerais.
Há mais de três décadas, em meio à natureza, uma casa simples de dois cômodos abriga Maria e seu único filho, Ricardo, 38 anos.
A sétima filha de 18 irmãos foi criada na roça e todo o sustento da família veio da terra.
O ingresso no Bolsa Família permitiu que o benefício de R$ 150 ajudasse na alimentação. “Comprava gás de cozinha e o que sobrava ia para carne”, conta.
No entanto, a agricultora sempre teve a certeza de que, ao se aposentar, comunicaria ao setor responsável pelo programa que não precisaria mais do benefício.
E, assim, a dona Maria Cecília o fez. A agricultora diz que, agora, o valor que recebia servirá para amparar outras pessoas.
“Sinto-me muito feliz e aliviada. Receber a aposentadoria e o Bolsa Família, ao mesmo tempo, não seria certo para mim. Eu estaria pegando dinheiro de outra pessoa que precisa”, avalia.
Desligamento voluntário
Assim como a dona Maria Cecília, outras 520.148 mil pessoas já solicitaram o desligamento voluntário em todo o país.
As famílias que desejarem sair do Bolsa Família por terem conquistado autonomia e independência financeira devem procurar o setor responsável pelo programa em sua cidade e fazer a solicitação.
Caso o beneficiário volte a uma situação de vulnerabilidade, tem retorno garantido ao programa. “Famílias que pedem o desligamento voluntário têm o direito de voltar ao programa em 36 meses, sem a necessidade de passar por um novo processo de seleção. Basta se dirigir ao setor responsável e solicitar o retorno.
Após atualizar as informações cadastrais, o beneficiário volta a receber o pagamento no mês seguinte”, explica a diretora do Departamento de Benefícios do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Caroline Paranayba.
Saiba mais
O programa é voltado para famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 89, além daquelas com renda familiar mensal de até R$ 178 por pessoa e que tenham crianças, adolescentes ou gestantes entre os membros.
Atualmente, 14,1 milhões de famílias estão no Bolsa Família. Ao ingressarem, as famílias devem cumprir condicionalidades nas áreas de Saúde e Educação.
O valor repassado varia conforme o número de membros da família, idade e renda declarada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.