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quinta-feira, 28 de março de 2024

Um dos negócios mais rentáveis do mundo

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O tráfico de seres humanos é a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo e só perde para o tráfico de drogas e de armas.O número de vítimas, entre homens e mulheres, chega a 2,45 milhões. Deste total, 80 por cento são mulheres e meninas. Entre 600 mil e 800 mil são pessoas traficadas nas fronteiras ­internacionais.Um dos problemas que as vítimas do tráfico humano enfrentam é o fato dos aliciadores apreenderem os documentos das mulheres. Isso deixa-as sem possibilidade de fugir e sem poderem identificar-se quando tentam fugir. É importante que os países de destino ofereçam serviços de assistência a essas vítimas, e que elas recebam informações sobre onde podem buscar abrigo e ajuda até serem repatriadas.Outra dificuldade é que, no caso das trabalhadoras domésticas, as migrantes não são protegidas pela legislação laboral. De acordo com um relatório do Fundo das Nações para a População (FNUAP), divulgado há dois anos, apenas 19 países têm leis em vigor que protegem essas trabalhadoras.O que é o tráfico humano

O tráfico humano é a comercialização de seres humanos e a sua utilização por criminosos, com o fim de ganharem dinheiro, o que significa enganar ou forçar pessoas a entrarem na prostituição, a mendigarem ou a fazerem trabalho manual.Todos os anos, cerca de 200.000 pessoas são vítimas de tráfico humano na Europa, a maioria das quais mulheres e adolescentes que são forçadas a entrar no mundo da prostituição.Na Europa, adolescentes e jovens mulheres encontram-se particularmente em risco de caírem nas mãos de criminosos, que lhes prometem bons empregos ou estudos e que depois forçam as vítimas a prostituírem-se. Os criminosos lucram enquanto as adolescentes e mulheres são violadas e sofrem outros tipos de violência física e psicológica.O tráfico humano é agora tão comum, que é a terceira atividade criminosa mais rentável do mundo, depois das drogas ilícitas e tráfico de armas.As vítimas não consentem em serem traficadas, são enganadas ou iludidas com promessas falsas.O traficante retira à vítima os direitos humanos mais básicos: a liberdade de movimentos, de escolha, de controlar o seu corpo e mente e o contrôle do seu futuro.O tráfico humano e o contrabando são atividades totalmente diferentes. Um contrabandista facilita a entrada ilegal num país mas, ao chegar ao seu destino, a pessoa que entra ilegalmente fica livre, enquanto a vítima do tráfico humano é escravizada.Segundo uma estimativa das Nações Unidas, todos os anos cerca de dois a quatro milhões de pessoas são traficadas. Cerca de 200.000 pessoas são levadas ilegalmente para a Europa, todos os anos, a grande maioria para exploração sexual. Segundo a Brigada Nacional Anti-Crime de Inglaterra, 80 por cento das vítimas traficadas nas fronteiras internacionais são mulheres e 70 por cento dessas mulheres e adolescentes são traficadas para exploração sexual, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA.O valor financeiro deste tráfico humano é estimado em 7 milhões de euros por ano.Técnicas de Recrutamento

O recrutamento é o primeiro elo na cadeia do tráfico humano.Trata-se de enganar ou simplesmente forçar o indivíduo, levando-o para o mundo da escravatura do século XXI.

Os recrutadores fazem o primeiro contato com a vítima. Usam promessas falsas e conquistam a confiança das vítimas. Aparentemente são pessoas normais e de confiança. Podem ser mulheres, antigas vítimas de tráfico humano; empregados de falsas agências de emprego/ estudo/ viagens/ modelos; vizinhos; amigos, namorados e familiares; colegas da escola. É tudo uma questão de dinheiro. Por isso, até a pessoa que menos esperamos pode recrutar vítimas.Os recrutadores são criativos quando se trata de mentir às suas vítimas. Prometem mundos e fundos, um emprego melhor ou boas oportunidades de estudo no estrangeiro ou mesmo no próprio país. Podem oferecer ajuda financeira ou documentos para viajar. Por vezes, colocam anúncios de agências ou empresas falsas a oferecer oportunidades únicas. Até já chegaram ao ponto de abrir “stands” em feiras universitárias. Podem conhecer as mulheres num bar ou café e dizer-lhes que sabem de várias oportunidades de ganhar dinheiro no estrangeiro.Os métodos usados incluem conhecimentos privados (relacionamentos, amizades, novos amigos); anúncios nos jornais de agências falsas; anúncios na internet. Os traficantes utilizam vários engodos para persuadir as vítimas, sejam trabalho, estudo ou viagens.Alguns exemplos das oportunidades oferecidas: trabalho doméstico; emprego na indústria hoteleira; trabalho como “au pair” (programa de intercâmbio em que se troca trabalho -cuidar das crianças de uma família- por casa, comida, salário e uma bolsa de estudos); manequim; área de entretenimento; trabalho na construção civil, fábricas e na agricultura; cursos; casamento; turismo; trabalho na indústria do sexo.Contrariamente ao que se possa pensar, as mulheres que pretendem trabalhar na indústria do sexo podem ser traficadas. Embora concordem em fazer sexo por dinheiro, elas não concordam em ser mantidas como escravas, a receber pouco ou nenhum dinheiro.Atividades forçadas

Ser explorado é trabalhar por dinheiro e receber pouco ou nenhum, enquanto alguém o recebe pelos trabalhadores.As vítimas, ao serem recrutadas, são entregues pelos recrutadores aos verdadeiros criminosos. É aqui que elas são agredidas física e mentalmente e forçadas a ganhar dinheiro para os criminosos.As vítimas são obrigadas a trabalhar muitas horas seguidas, por pouco ou nenhum dinheiro, e com a ameaça constante de violência se se recusarem a colaborar.O trabalho inclui a prostituição forçada, forma mais corrente do tráfico humano; trabalho forçado, mais comum no ambiente doméstico, na agricultura, indústria, construção civil e hotelaria; pornografia; atividades criminosas como mendigar, tráfico e venda de droga, passar dinheiro falso.Para dominar as pessoas, os traficantes violam e batem nas suas vítimas. Ameaçam repetir a violência já usada assim como ameaçam de exercer violência sobre as suas famílias. As vítimas são responsáveis pelo pagamento do dinheiro que os traficantes pagaram por elas. Depois de serem forçadas a entrar na prostituição ou na pornografia, os traficantes ameaçam contar às famílias das vítimas o que andam fazendo.

Fonte: Jornal de Angola

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