Monumento Maria Fumaça marca revitalização da Orla Ferroviária –

Mesmo com chuva, público compareceu para prestigiar evento e assistir a shows de Geraldo Espíndola e Almir Sater

25/10/2018 07h31 – Por: Elvio Lopes

Mesmo com a chuva forte que caiu na Capital na noite de terça-feira, o monumento Maria Fumaça, instalado na Orla Ferroviária, na altura da Avenida Mato Grosso, foi inaugurado com shows de Almir Sater, que desfilou seus principais sucessos e levou o público ao delírio e Geraldo Espíndola, que compôs uma canção especialmente para homenagear os 100 anos de elevação do então Arraial de Santo Antônio de Campo Grande à categoria de cidade e comemoração aos 41 anos de criação do Estado de Mato Grosso do Sul.

O prefeito Marcos Marcello Trad lembrou que a inauguração do monumento Maria Fumaça, instalado em parceria com o governo estadual e a iniciativa privada, marca o início da primeira etapa de requalificação da Orla Ferroviária, no trecho que compreende a área onde a locomotiva está instalada e a Avenida Afonso Pena e na Avenida Calógeras, até a Rua 7 de Setembro.

Segundo Trad, a requalificação era bastante aguardada por moradores e empresários, que há anos esperavam investimentos para mudar a cara da região. As mudanças garantirão mais segurança, a medida que o espaço passa a ser ocupado definitivamente pela população.

“Poder ajudar a cidade onde nasci, onde cresci. Devolver um pouco a cada um daqueles que fizeram Campo Grande. A locomotiva é a história da cidade. Por ela vieram pessoas de todo mundo e aqui miscigenaram. Quando eu e a Adriane – a vice-prefeita – chegamos aqui, encontramos esta região abandonada. Seres humanos sem a mão amiga do Estado, da sociedade. Temos o Hotel Gaspar, que também faz parte da nossa história, aqui na frente e agradeço a todos que me ajudam a administrar”, destacou Marquinhos Trad, lembrando do projeto do arquiteto e urbanista José Marcos da Fonseca, de construção e implantação do monumento.

MÚSICA

O show inaugural foi aberto por Geraldo Espíndola, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Campo Grande e das crianças da Aldeia Indígena, assistidas pela Fundação Ueze Zahran, com a interpretação da canção composta especialmente para a homenagem, que fala sobre a Maria Fumaça,que trouxe os imigrantes para o Estado, seguindo-se o show de Almir Sater.

Secretário de Estado de Cultura e Cidadania Athayde Nery afirmou que a locomotiva trouxe a esperança para o Mato Grosso e para o Mato Grosso do Sul. “Saudamos a cultura de MS, de Campo Grande. Hoje, temos um resgate histórico, pois na locomotiva está a angústia e a esperança da construção de Campo Grande”, frisou.

A secretária municipal de Cultura e Turismo, Nilde Brum, destacou os novos projetos para a região. “Estudaremos a possibilidade de este espaço da Orla ser um ponto de movimentação cultural e turística. Vamos agendar alguns dias para que a Maria Fumaça apite e saia fumaça. Uma forma de darmos vida a ela, com os suspiros”, revelou.

A Maria Fumaça é uma réplica da original, mas com sino da máquina original. Ela tem 5 metros de altura, 20 de comprimento e cerca de 20 toneladas. O monumento fica suspenso em um balanço, que dá a impressão que ele levantará vôo. O local também conta com um totem QRCode, com texto informativo da Maria Fumaça, produzido pelo prof. Paulo Cabral, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul.

ETAPAS

No projeto completo, a Orla Ferroviária passará por uma requalificação geral que mudará completamente sua estrutura. O espaço vai receber bicicletários, totens com QRCode, wifi livre (já está funcionando), equipamentos esportivos e intergeracinais, playground e habitações de interesse social.

O projeto da Orla Ferroviária vai da Avenida Mato Grosso até a Afonso Pena, e também da Avenida Calógeras, entre as ruas 7 de Setembro e Antônia Maria Coelho.