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sábado, 20 de abril de 2024

Preço da cesta básica cai 1,5% mas ainda consome 35,57% do salário mínimo

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Se comparado com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o preço da cesta no mês de agosto foi de R$ 364,66, portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, a cesta vásica douradense foi superior aos preços praticados em quatro capitais estaduais brasileiras; Natal, João Pessoa, São Luís e Salvador.

10/09/2018 08h46 – Por: DouradosAgora

O valor da cesta básica de agosto, comparado com o mês anterior, apresentou queda de 1,5% em Dourados, aponta pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), realizada na última semana de agosto e primeira semana de setembro sob orientação do professor doutor Enrique Duarte Romero.

Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo a Lei 399 que estabelece o salário mínimo são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate. Os preços da cesta básica de julho/2018 com estes produtos ficaram em R$ 344,49 o que significa 36,11% do salário mínimo que foi de R$ 954,00. Em agosto, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia inferior a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de R$ 339,31 o que equivale a 35,57% do salário mínimo vigente.

Segundo o relatório enviado ao DouradosAgora, em julho, o maior preço da cesta básica no país foi registrado em São Paulo com R$ 432,81, pelo segundo mês seguido é a capital mais cara enquanto aos preços da cesta básica se refere; já a capital catarinense, Florianópolis, foi a segunda capital mais cara com R$ 431,30. E a terceira capital onde a cesta esteve mais elevada foi em Porto Alegre com R$ 419,81.

Os menores preços médios no mesmo mês foram verificados em João Pessoa (Paraíba) com R$ 335,49; em São Luís (Maranhão) R$ 329,42 e, com o menor preço da cesta básica do país no mês de agosto foi registrada na capital do Estado da Bahia, Salvador, com R$ 311,92. Os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste do país e, desde o início da pesquisa, a capital baiana está imbatível nos preços a mais de um ano e dez meses consecutivo. No mês de agosto, os preços da cesta básica diminuíram em 17 capitais estaduais do país, é o que registra a pesquisa realizada pelo Dieese.

Se comparado com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o preço da cesta no mês de agosto foi de R$ 364,66, portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, a cesta vásica douradense foi superior aos preços praticados em quatro capitais estaduais brasileiras; Natal, João Pessoa, São Luís e Salvador.

A partir da Constituição Federal de 1988 o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, no mês de julho, um trabalhador douradense para pagar a cesta básica tinha de trabalhar 79 horas e 26 minutos. Já no mês de agosto , este mesmo trabalhador precisou de um tempo inferior para comprar alimentos que foi de 78 horas e 15 minutos, isto representou um ganho do poder de compra do salário se comparado com o mês de Julho/2018. Esseganho ocorreu devido àqueda dos preços da Cesta Básica em Dourados no mês de Agosto.

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, em Dourados, seis apresentaram um aumento de preços no mês de agosto. O produto que teve a maior elevação do mês foi a manteiga com 6,18%. Os outros produtos que aumentaram de preços foram arroz com 3,84%; tomate, 3,71%; farinha de trigo, 2,78%; pão-francês, 1,10%. Tanto a farinha de trigo como pão-francês aumentaram de preços pela segunda vez consecutiva, isso pode ser reflexo da elevação do dólar, já que a farinha de trigo o Brasil ainda importa da Argentina.E o café registrou uma leveelevação dos seus preços em 0,39%

Os produtos que diminuíram de preços no mês de agosto, foram o feijão com 7,67%; a banan, 6,07% e o leite, 3,99%. Os outros produtos cujos preços caíram no mês de agosto foram a batata com 3,52%;óleo de soja com 3,06% de queda; carne com 2,28% após e com uma leve variação negativa dos seus preços foi o açúcar com 0,33%.

A queda poderia ter sido mais acentuada se os preços, tanto do tomate como do pão-francês, tivessem permanecido estáveis, já que ambos produtos têm um peso enorme na composição da Cesta e aumentaram de preços no mês de agosto.

Apesar da queda dos preços dos produtos da cesta básica de agosto, enfatizamos a sugestão aos consumidores douradenses de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados.

A diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado que chegou a R$ 373,69 e o menor, R$ 314,89 , com os mesmos produtos; isto representa uma diferença de R$ 58,80, ou seja, 18,80% menor, um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos.

Outra sugestão que fazemos é a de verificar também os levantamentos realizados pelo Procon de Dourados, porque o método adotado por esta instituição é a de comparar os preços praticados em cada estabelecimento identificado na pesquisa.

Levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Dessa maneira, em julho de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.810,36, isso significa 3,99 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 954,00.

Em agosto, o salário mínimo necessário estava em R$ 3.636,04 isto representa 3,81 vezes do salário praticado naquele mês. Isso significa que no mês de agosto/2018, o trabalhador brasileiro teve um ganho se comparado com o mês de julho/2018.

Com elevação de preço de 3,71%;o tomate está entre os alimentos que tiveram aumento de preço em agostofoto - Marcos Ribeiro

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