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sexta-feira, 29 de março de 2024

Procurador da Lava Jato sugere que eleitor escolha bem seus representantes

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Coordenador da maior força-tarefa anticorrupção no País, a Lava Jato, Deltan Dallagnol ministrou palestras na Capital sobre ações e eleição

13/08/2018 07h07 – Por:Elvio Lopes

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Força Tarefa do Ministério Público Federal (MPF) da Operação Lava Jato, afirmou, durante sua passagem pela Capital, na sexta-feira (10), que o eleitor deve analisar os políticos candidatos que respondem a processos na Justiça, com uma melhor escolha de seus representantes, tanto nos legislativos – Senado, Câmara Federal e assembleias legislativas – quanto nos executivos – governadores e presidente da República, os quais devem ser comprometidos com a integridade.

Porém, procurador recomenda que os eleitores não “carimbem” todos os políticos como corruptos, porque dessa forma vai deixar de usar o critério de integridade em sua escolha, mas apenas ficar atento para que o escolhido não esteja respondendo na Justiça a processos por corrupção. “É impossível prever por qual critério o eleitor vai escolher seus candidatos, porém, espero que seja com alguém íntegro”, destacou.

Para o procurador, o eleitor deve analisar o perfil de seu candidato e defende que cada um deve avaliar em quem vai votar. “Estamos vivendo em um momento especial, queremos caminhar com mais tranquilidade e cabe ao eleitor realizar a “peneira” no momento de definir o voto”, afirmou Dallagnol.

Em relação aos crimes investigados pela força-tarefa, Dallagnol alerta que a sociedade deve apoiar o combate à corrupção para que seja reduzido os índices de crimes praticados por agentes corruptos, cobrar a mudança das condições do ambiente político, empresarial de justiça criminal e que favorecem a prática da corrupção no Brasil.

Citando a Itália como exemplo, o procurador destacou que o MP tem como suas principais atribuições a defesa da democracia, investigando fraudes ou irregularidades eleitorais, explicando que, quando um partido tem mais recursos provenientes de propinas, do que a verba do fundo eleitoral, acaba desequilibrando o jogo democrático em favor de quem pratica a corrupção. “A propina alavanca a permanência dos corruptos no poder e o eleitor precisa ficar atento a isso, não permitir que o candidato se eleja com a corrupção”

Dallagnol também incentivou os jovens a participarem das eleições, afirmando que muitas vezes, eles não se enxergam como parte do problema, nem como parte da solução em relação à corrupção. “Percebemos que os índices de corrupção afetam o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países e, quanto maior a corrupção, pior a perspectiva de vida, que pode afetar tanto nossa juventude”, destacou.

Segundo o procurador, as medidas contra a corrupção estão em uma fase concreta e a Lava Jato demonstra que se pode sair apenas trocando o nome dos corruptos que estão no poder, por outros corruptos, mas que se chegue ao ponto de mudar o ambiente que favorece a corrupção. “Precisamos da participação de todos contra a corrupção”, convoca Dallagnol.

PALESTRAS

Dallagnol visitou a Procuradoria-Geral de Justiça, onde concedeu coletiva e conversou com o procurador-Geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos e equipe; fechou o Simpósito de Direito Eleitoral promovido pela Escola Superior do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), com a palestra O Ministério Público nas Eleições de 2018 e, à noite, na Unigran Capital, proferiu a palestra Corrupção, Lava Jato e Eleições 2018.

 Deltan Dallagnol durante entrevista coletiva em Campo Grande

Procurador da República Deltan Dallagnol durante palestra sobre as eleições de 2018 na Capital

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