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quinta-feira, 28 de março de 2024

Censo Agro 2018: MS registra crescimento de 36,6% no uso de agrotóxicos

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Em relação à utilização de terras, Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 155% de lavouras permanentes, de 61,5 mil hectares em 2006 para 157 mil hectares em 2017

27/07/2018 07h42 – Por: Elvio Lopes

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reuniu ontem, na Capital, técnicos e coordenadores para divulgar os resultados preliminares do Censo Agro 2017, iniciado em outubro do ano passado, com a pesquisa finalizada no final de fevereiro deste ano e apresentação dos dados fechados em 30 de junho, onde constam as principais informações detalhadas sobre as atividades no campo em todo o País e que, no Mato Grosso do Sul, ainda faltam contabilizar algumas informações no Pantanal, por causa das cheias que surgiram há quase um ano e que ainda afetam a região.

A reunião foi aberta pelo chefe regional do IBGE, Mário Alexandre de Pina Frazetto, que explicou a falta da confirmação de alguns dados da região do Pantanal, pela cheia atípica que afetou a região desde setembro do ano passado e que ainda está em movimentação principalmente de rebanho bovino nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim e Rio Verde. “Os dados que estamos apresentando hoje ainda dependem das confirmações de pesquisas que já realizamos com a maior parte dos produtores pantaneiros, mas acreditamos que a pesquisa será validada pela comissão censitária totalmente fechada até setembro”, destacou Pina.

A coordenadora de Comunicação do IBGE, Helenice Castilho fez a apresentação da pesquisa, que coloca Mato Grosso do Sul com o registro de 70.710 estabelecimentos, um crescimento de 9% em relação a 2006 e a redução de 3,7% em relação à área total ocupa e que coloca o Estado como o quarto maior em área no País, com 29,1 milhões de hectares; como o terceiro com maior rebanho bovino, com 18,1 milhões de cabeças – atrás de Minas Gerais, com 19,4 milhões de cabeças e Mato Grosso, com 24,1 milhões de cabeças. No País, Corumbá tem o maior rebanho bovino, com 1,5 milhão de cabeças, seguido de São Félix do Xingu (PA), com 1,4 milhão e Itupiranga (PA), com 1,1 milhão e Ribas do Rio Pardo, com 1.016 milhão de cabeças.

TERRA

Em relação à utilização de terras, Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 155% de lavouras permanentes, de 61,5 mil hectares em 2006 para 157 mil hectares em 2017; de lavouras temporárias, de 2,1 milhões para 3,3 milhões; um decréscimo de 14,3% em pastagens plantadas, de 14,8 milhões para 12,7 milhões de hectares e de pastagens naturais, de 6.2 milhões, para 4,4 milhões e um crescimento significativo das matas ou florestas plantadas, de 104 mil para 950,4 mil hectares e uma queda de 100 mil hectares – de 6,026 milhões para 5.926 milhões – de matas ou florestas naturais.

Em relação à propriedade de terras, a pesquisa apurou que a proporção de áreas arrendadas subiu de 5,2% para 11.6% do total, enquanto que os proprietários com terras próprias reduziram a área de 75,3% para 69,8%. Do total de estabelecimentos pesquisados, 134 são de produtores sem área, dos quais 72% de produtores de mel.

CULTURAS

Em relação à silvicultura, MS é o terceiro maior número de estabelecimentos, com 1,173 milhão, seguido de Minas Gerais, com 1,2 milhão e São Paulo, com 2.4 milhões. O Estado também se destaca com quatro dos maiores municípios do País em estabelecimentos de plantio de eucalipto, com Três Lagoas, com 267.993; Ribas do Rio Pardo, com 204.604; Selvíria, com 194.615 e Brasilândia, com 156.530; em quarto lugar, está Piraí do Sul (PR), com 173.808 estabelecimentos.

A cana-de-açúcar, o milho e soja estão entre as principais culturas de lavoura temporária no MS, com 46,2 milhões toneladas de cana; 8,8 milhões de toneladas de milho e 7,9 milhões de toneladas de soja, seguindo-se o algodão, com 130,3 mil toneladas; o arroz, com 55,9 mil toneladas; o trigo com 22,7 toneladas; girassol, com 2,6 mil toneladas e abacaxi, com 5.069 frutos.

AGROTÓXICOS

Sobre o uso de agrotóxicos, Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 36,6% em relação a 2006 – de 15.547 produtores, quando 11.403 deles declararam o uso de produtos em suas lavouras e pastagens.

Segundo os técnicos do IBGE, mesmo com esses índices, o MS tem o 8º maior percentual entre os estados brasileiros que declararam não utilizar agrotóxico em seus estabelecimentos agropecuários.

Também participaram a apresentação os coordenadores de área do Censo Agro 2017, Alex Uchoa, José Aparecido e Henrique Noronha, que destacaram as informações contidas no relatório sobre as características do produtor agropecuário – apenas 127 recusas; dos estabelecimentos; a condição legal da terra; o pessoal ocupado; a infraestrutura; características da pecuária e produção vegetal, lavouras permanentes e termporárias.

Entre os dados divulgados, a pesquisa registrou também o crescimento do número de mulheres nas atividades do agronegócio, pulando de 10,5% em 2006 para 19,4% neste levantamento e que, do total dos proprietários, 57,9% está entre as idades de 30 a 60 anos.

Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 36,6% em relação a 2006 – de 15.547 produtores, quando 11.403 deles declararam o uso de produtos em suas lavouras e pastagens

Mário Alexandre, coordenador do IBGE, Henrique Noronha, José Aparecido e Helenice Cristaldo durante apresentação do Censo Agro

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